Quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Polícia Civil gaucha conclui inquérito sobre falsa psicóloga que atendia crianças e adolescentes

A Polícia Civil concluiu o inquérito relativo a uma mulher que prestava atendimento a crianças e adolescentes como psicóloga, mesmo sem curso superior – o diploma é obrigatório para o exercício da atividade no Brasil. O Ministério Público gaúcho já denunciou à Justiça a investigada, que tem 34 anos e agia em Porto Alegre e outras cidades da Região Metropolitana.

No processo constam as acusações de estelionato, falsidade ideológica e exercício ilegal da profissão. A investigação esteve aos cuidados da 3ª Delegacia de Polícia de Proteção à Criança e ao Adolescente (3ªDPCA), localizada em Ivoti e que tem como chefe a delegada Alice Fernandes.

O inquérito apontou que ao menos 29 pacientes com idades entre 3 e 15 anos foram atendidos pela falsa psicóloga, que cobrava em média R$ 130 por sessão ou mesmo elaboração de pareceres. Nos últimos três anos, ela teria faturado cerca de R$ 50 mil com o esquema, que incluía o uso do número de inscrição de outra pessoa no conselho regional da categoria. Ao ser interrogada, a suspeita optou por se manter em silêncio.

“Com base nas provas obtidas, houve o indiciamento pelo crime de estelionato, majorado em razão das vítimas serem menores de 18 anos e, portanto, vulneráveis”, explica a delegada. “Isso acarreta aumento de um terço até o dobro no tempo de uma eventual setença de prisão, que é de um a cinco anos para esse tipo de caso.”

(Marcello Campos)

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