Quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 29 de janeiro de 2024
A Polícia Federal (PF) apreendeu um computadores, celulares e uma arma nessa segunda-feira (29), na operação que tem como um dos alvos o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). A ação faz parte da investigação sobre suposta espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Jair Bolsonaro (PL).
Jair Bolsonaro e os filhos estavam na casa que foi alvo das buscas. Além de Carlos Bolsonaro, são citados na investigação: Luciana Paula Garcia da Silva Almeida, assessora de Carlos na Câmara do Rio; Priscila Pereira e Silva, assessora do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) na Câmara dos Deputados; e Giancarlo Gomes Rodrigues, militar do Exército cedido a Abin.
Na casa de Giancarlo, em Salvador (BA), foi apreendido um notebook da Abin. A mulher do militar é servidora da agência.
Entenda
Os mandados, autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, fazem parte de uma operação da PF que apura o uso da Abin para fins pessoais durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo as diligências, uma estrutura paralela no órgão de inteligência pode ter sido utilizada para perseguir adversários políticos do bolsonarismo.
A PF foi às ruas na manhã dessa segunda para vasculhar endereços no Rio de Janeiro (cinco), Angra dos Reis (um), Brasília (um), Formosa (GO- um) e Salvador (um). A nova etapa do inquérito mira o “grupo político” vinculado aos servidores da Abin sob suspeita.
A operação dessa segunda é uma continuidade da ocorrida na quinta-feira (25), quando Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, foi alvo de buscas. Na ocasião, foram apreendidos com eles 6 celulares e 2 notebooks – inclusive um pertencente à Abin.
Os mandados foram expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moares. Segundo a decisão, Ramagem usou o órgão para fazer espionagem ilegal a favor da família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Entre os alvos estavam autoridades e desafetos, como o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia –nessa segunda (29), o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse ao blog que iria pedir ao STF a lista de parlamentares que foram monitorados pela Abin – e uma promotora do Ministério Público do Rio de Janeiro que investigava milícias (inclusive Adriano da Nóbrega e homenageado por Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente) e as mortes de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.