Domingo, 03 de agosto de 2025

Polícia Federal investiga Paul

A Polícia Federal incluiu oficialmente o influenciador Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente da ditadura militar João Figueiredo, no inquérito que investiga a atuação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) contra interesses do Brasil no nos Estados Unidos.

Radicado nos Estados Unidos, Paulo Figueiredo tem forte presença nas redes sociais e alinhamento direto com a família Bolsonaro.

Nos últimos meses, ele intensificou sua atuação ao lado de Eduardo Bolsonaro, inclusive em articulações com o governo de Donald Trump, que resultaram em sanções ao ministro Alexandre de Moraes a outros integrandes do Supremo Tribunal Federal e no tarifaço contra o Brasil.

O inquérito que agora investiga Paulo Figueiredo desencadeou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de impor tornozeleira eletrônica ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A investigação foi aberta na esteira de uma escalada de episódios envolvendo sua família, aliados internacionais e manifestações públicas que, segundo o magistrado, configuram tentativa de obstrução de Justiça e afronta à soberania nacional.

Investigação por três crimes
Paulo Figueiredo é investigado por três crimes principais:

Coação no curso do processo;
Obstrução de investigação de infração penal envolvendo organização criminosa; e
Tentativa de abolição violenta ao Estado Democrático de Direito.
Fontes da PF afirmam que a inclusão de Figueiredo no inquérito era “inevitável”, já que ele aparece em postagens e vídeos ao lado de Eduardo e Jair Bolsonaro, promovendo discursos que atacam o STF.

Investigadores apontam que tanto Eduardo como Figueiredo documentam toda a atuação em vídeos e outras publicações todos os dias como se fossem troféus, o que permitirá à PF conseguir provas públicas da atuação dos dois.

Histórico de confrontos com o STF

Paulo Figueiredo já havia sido alvo de medidas do STF em 2022, quando teve suas redes sociais, bens e passaporte bloqueados por ordem do ministro Alexandre de Moraes. À época, ele foi apontado como um dos articuladores da disseminação de fake news e ataques às instituições democráticas.

Agora, ele também foi citado nominalmente na ordem executiva assinada por Donald Trump que impôs sanções a Moraes. O documento acusa o ministro de violar direitos humanos de cidadãos americanos — incluindo o próprio Figueiredo.

Denúncia na PGR e possível indiciamento

Embora ainda não tenha sido tornado réu no inquérito do 8 de janeiro, Figueiredo já foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao STF.

A investigação faz parte do mesmo conjunto de apurações que levou à operação da PF contra militares e ex-ministros do governo Bolsonaro, acusados de planejar um golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022.

 

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