Sexta-feira, 25 de abril de 2025

Polícia Federal mira fraudes no “Caixa Tem”; banco já ressarciu R$ 2 bilhões em golpes

A Polícia Federal (PF) iniciou nesta semana a Operação Farra Brasil 14, contra uma quadrilha especializada em fraudar o sistema Caixa Tem, utilizado pela Caixa Econômica Federal (CEF) para o pagamento de benefícios como Bolsa Família, seguro-desemprego e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Os golpes causaram um prejuízo de R$ 2 bilhões em 5 anos.

Cerca de 80 policiais federais saíram para cumprir 23 mandados de busca e apreensão nos municípios de Niterói, Rio de Janeiro, São Gonçalo, Maricá, Itaboraí, Macaé e Rio das Ostras. Além dos mandados, a Justiça Federal impôs medidas cautelares diversas da prisão para 16 investigados.

As investigações revelaram que o grupo criminoso cooptava funcionários da Caixa Econômica e de lotéricas, que recebiam propinas para dar acesso a contas sociais de terceiros pelo aplicativo.

A maior parte das vítimas é beneficiária de programas sociais do governo federal, mas as fraudes também atingem o FGTS e o seguro-desemprego de trabalhadores, todos geridos pelo Caixa Tem.

De acordo com a Coordenação de Repressão a Fraudes Bancárias Eletrônicas da Diretoria de Combate a Crimes Cibernéticos da PF, desde a criação do Caixa Tem, em abril de 2020, já foram registrados cerca de 749 mil processos de contestação, com o ressarcimento de cerca de R$ 2 bilhões por parte da Caixa Econômica Federal.

Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, furto qualificado, corrupção ativa e passiva, além de inserção de dados falsos em sistemas de informação, com as penas máximas podendo chegar a 40 anos de reclusão.

As investigações tiveram o auxílio da Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção a Fraude/DF (Cefra) e da Corregedoria Regional/RJ, ambos órgãos da Caixa Econômica Federal.

Nota

Leia na íntegra a nota divulgada pela Caixa Federal:

“A Caixa informa que atua conjuntamente com os órgãos de segurança pública nas investigações e operações que combatem fraudes e golpes. Tais informações são consideradas sigilosas e repassadas exclusivamente à Polícia Federal e demais órgãos competentes, para análise e investigação.

O banco ressalta que monitora ininterruptamente seus produtos, serviços e transações bancárias para identificar e investigar casos suspeitos. Adicionalmente, a Caixa esclarece que possui estratégia e procedimentos de segurança para a proteção dos dados e operações de seus clientes e dispõe de tecnologias e equipes especializadas para garantir segurança aos seus processos e canais de atendimento.”

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