Quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

Polícia Federal pede mais tempo para concluir perícia médica do general Augusto Heleno

A Polícia Federal (PF) pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mais tempo para concluir a perícia médica do general Augusto Heleno.

De acordo com o ofício enviado ao ministro, os peritos dizem precisar de um prazo maior para analisar novos documentos e quesitos apresentados pela defesa nesta semana, mencionando a “complexidade” dos novos dados.

O prazo para a entrega da perícia encerraria nesta quarta (17). A PF quer estendê-lo até o dia 26 de dezembro.

“Informo que, embora o prazo originalmente estabelecido encerre-se na presente data (17/12/2025), o Perito Médico responsável indicou a necessidade de maior tempo para a análise detida de novos documentos e quesitos apresentados pela Defesa na véspera da diligência. Em razão da complexidade dos novos elementos juntados aos autos, solicito formalmente a Vossa Excelência a dilação do prazo para a entrega do Laudo Pericial definitivo até o dia 26 de dezembro de 2025”, afirma em ofício.

A perícia foi determinada por Moraes e tem como objetivo verificar as condições de saúde de Heleno e checar o relato de que ele foi diagnosticado com Alzheimer. Os resultados vão embasar a decisão do ministro sobre conceder ou não a prisão domiciliar ao general.

Heleno foi condenado a 21 anos de prisão por envolvimento na tentativa de golpe de Estado e cumpre pena no Comando Militar do Planalto desde o final de novembro.

Na semana passada, a PF analisou laudos e exames do general e inspecionou o local onde Heleno está preso para avaliar se a unidade tem estrutura adequada para atender suas necessidades. Os policiais também se reuniram com a esposa de Heleno para esclarecer informações sobre o nível de dependência dele nas atividades diárias.

O pedido para transferência à domiciliar veio logo após a prisão. A defesa alega piora no estado de saúde do general. Os advogados afirmam que ele, hoje com 78 anos, tem comorbidades graves e recebeu diagnóstico de Alzheimer em janeiro. A petição também menciona histórico de depressão e transtornos de ansiedade.

“Aéreo”

Militares que visitaram o general Augusto Heleno têm descrito o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Jair Bolsonaro como “aéreo” na prisão e intensificaram os pedidos para que ele cumpra a pena em prisão domiciliar, solicitação já feita pelos advogados com base no diagnóstico de Alzheimer.

A cobrança para que Heleno seja transferido para casa também tem recaído sobre o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, que tem dito a interlocutores, no entanto, que não vê caminhos para que sua atuação contribua para que isso ocorra.

Múcio e o comandante do Exército, general Tomás Paiva, conversaram com Moraes uma semana antes de ocorrerem as prisões de Heleno e do ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira. Eles solicitaram que não fossem usadas algemas e que os generais fossem conduzidos por militares. Os pedidos foram atendidos.

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