Sábado, 27 de dezembro de 2025

Polícia Federal prende ex-assessor de Bolsonaro, Filipe Martins, após fuga de ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal

A Polícia Federal cumpriu mandado de prisão domiciliar na manhã de sábado (27) contra Filipe Martins, ex-assessor internacional do então presidente Jair Bolsonaro (PL).

A medida foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), após a prisão do ex-diretor-geral da PRF Silvinei Vasques, que estava com medida cautelar e fugiu para o Paraguai, onde acabou detido.

Martins também estava cumprindo medidas cautelares, com uso de tornozeleira. Agora, elas foram convertidas em prisão domiciliar.

Integrantes da PF informaram à CNN Brasil que outras medidas contra outros condenados pelo STF estão sendo cumpridas, mas ainda sob sigilo.

Nas redes sociais, o advogado de Filipe Martins, Jeffrey Chiquini, disse que a medida “é mais um ato que atenta contra o Código de Processo Penal e contra a Constituição Federal”.

Em nota, Chiquini afirmou que a prisão foi motivada por “atos de terceiros”, o que violaria o princípio constitucional da personalidade da pena.

O advogado alegou ainda, que o réu comprovou ao longo do processo que não cometeu crime. “Mas isso foi completamente ignorado em um processo legal ‘postiço’ e ‘artificial’, que não considerou realmente a defesa e apenas quis condenar a qualquer custo, como agora está sendo ignorada a individualidade da pena.”

Tentativa de fuga

Na sexta-feira (26), Alexandre de Moraes determinou a prisão preventiva de Silvinei Vasques, após o ex-diretor da PRF ter sido preso, após tentar fugir do país pelo Paraguai.

O ex-diretor cumpria prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica, e a medida foi determinada após Silvinei romper o equipamento e fugir para o país vizinho, onde foi detido pelas autoridades locais quando tentava embarcar em um voo com destino a El Salvador.

Moraes apontou na decisão que foi informado pela Polícia Federal de que a tornozeleira parou de emitir sinal de GPS por volta das 3h da madrugada de quinta-feira (25). Em seguida, agentes foram à casa do ex-diretor, em São José, em Santa Catarina, e constataram que ele não estava na residência.

Ainda na sexta-feira, a PF confirmou que o ex-diretor foi levado pela polícia paraguaia para a fronteira com o Brasil e entregue a agentes da PF na Ponte da Amizade, que liga Foz do Iguaçu, no Paraná, a Ciudad del Leste, no Paraguai. Ele deve ser transferido para Brasília nas próximas horas. Com informações dos portais CNN e Agência Brasil.

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