Por Redação do Jornal O Sul | 11 de dezembro de 2025
A PF (Polícia Federal) e a Receita Federal do Brasil deflagraram, na manhã desta quinta-feira (11), a Operação Bonsack com o objetivo de desarticular uma quadrilha que recrutava paraguaios para trabalhar em uma fábrica clandestina de cigarros na zona rural de Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão temporária, além do sequestro de bens e valores de até R$ 25 milhões, em Porto Alegre, Viamão, Tramandaí, Alvorada, Parobé, Vera Cruz e Santa Cruz do Sul.
Os trabalhadores paraguaios não foram localizados. Os agentes apreenderam dinheiro, cigarros e máquinas. A ação contou com o apoio de servidores do Ministério do Trabalho e Emprego.
Segundo a PF, a Operação Bonsack teve como objetivo “reprimir a prática dos crimes de lavagem de dinheiro, fabricação de substância nociva à saúde pública, comercialização de bens impróprios ao consumo, sonegação fiscal e organização criminosa no Rio Grande do Sul”.
“A investigação demonstrou a existência de uma rede de empresas interpostas, utilizadas apenas para emissão de notas fiscais inidôneas, através das quais eram adquiridos insumos em São Paulo, tais como filtros de acetato, cola, material gráfico e de embalagens, bem como o fumo processado, oriundo da maior região produtora de fumo do Brasil, o Vale do Rio Pardo, mais especificamente, da cidade de Vera Cruz, distante 160 km de Porto Alegre. Essas empresas movimentaram cerca de R$ 50 milhões durante o período investigado”, informou a Receita Federal.
A fábrica clandestina funcionava em um terreno avaliado em aproximadamente R$ 1,5 milhão. O grupo criminoso ainda contava com dois galpões para armazenamento dos cigarros, assim como uma empresa transportadora. O esquema funcionava há cerca de três anos.
