Por Redação do Jornal O Sul | 9 de outubro de 2025
A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta quinta-feira (9) mais uma fase da Operação Sem Desconto, que apura descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Foram cumpridos 66 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal), nos Estados de São Paulo (45 mandados), Sergipe (12), Amazonas (1), Rio Grande do Norte (1), Santa Catarina (2), Pernambuco (2) e Bahia (2) e no Distrito Federal (1).
Segundo a PF, a ação desta quinta tem o “objetivo de aprofundar as investigações e esclarecer a prática de crimes como inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa e atos de ocultação e dilapidação patrimonial”. O foco está em três empresas responsáveis pela estrutura da lavagem de dinheiro do esquema criminoso.
Os crimes investigados são: estelionato qualificado, peculato, corrupção ativa, uso de documento falso, lavagem de capitais e organização criminosa. Foram apreendidos carros de luxo, dinheiro em espécie e uma arma.
Pelo menos três associações responsáveis pelos descontos indevidos foram alvo da operação desta quinta. Buscas na casa dos responsáveis por essas associações também foram feitas.
Uma dessas entidades é o SINDNAPI (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos), cujo presidente Milton Baptista de Souza Filho, também foi alvo dos mandados.
O vice-presidente da entidade é o irmão do presidente Lula, José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, que não é alvo da operação da PF desta quinta.
Por meio de nota, o SINDNAPI afirmou que “manifesta sua surpresa com o cumprimento de mandados de busca e apreensão em sua sede em São Paulo, bem como na casa de seu presidente e alguns diretores, em operação deflagrada pela Polícia Federal”.
No dia 12 de setembro, a PF prendeu Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisotti, na primeira fase da mesma operação. Os dois são suspeitos de envolvimento nas fraudes no INSS.
