Domingo, 28 de dezembro de 2025

Polícia Penal utiliza cães em operações preventivas e repressivas no Rio Grande do Sul

A utilização de cães de trabalho tem sido empregada como estratégia de reforço da segurança no sistema prisional do Rio Grande do Sul. Os animais atuam em operações preventivas e repressivas, auxiliando na manutenção da ordem, na disciplina interna e na redução de riscos aos servidores. Em 2025, cães do tipo K9 participaram de 93 operações em unidades prisionais do Estado.

A atuação do Grupo de Operações com Cães (GOC) ocorre em procedimentos de intervenção prisional e envolve tanto a presença ostensiva quanto o emprego direto dos animais, quando necessário. Os cães são treinados para a contenção de internos e para a identificação de materiais ilícitos, como drogas, armas e aparelhos celulares.

Atualmente, a Polícia Penal conta com 18 cães de trabalho e dez policiais cinotécnicos. O sistema prisional gaúcho possui sete canis distribuídos pelas 2ª, 7ª, 8ª e 9ª regiões penitenciárias, além dos canis setoriais da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc), da Penitenciária Modulada Estadual de Osório (PMEO) e do Presídio Estadual de Erechim.

Mais investimentos

Além da ampliação das estruturas físicas dos canis, a Polícia Penal realizou investimentos em equipamentos voltados às atividades do GOC. Em 2024, foram adquiridos materiais como mordedores, macacões de proteção, peitorais de tração, bastões de estalo, colares de aço inox e guias de lona e nylon. O investimento total foi de R$ 37.559,00.

A corporação também dispõe de cães treinados especificamente para a detecção de entorpecentes, armas, celulares e outros objetos proibidos. Para qualificar esse trabalho, o governo do Estado investiu, ainda em 2024, R$ 55 mil na aquisição de dez kits auxiliares de detecção, utilizados no treinamento e considerados de alta tecnologia.

Inovação e capacitação

Outra iniciativa foi a criação do Curso de Formação em Cinotecnia e Emprego Prisional (CFCEP), promovido pelo GOC em parceria com a Escola do Serviço Penitenciário (ESP). Antes da implementação do curso, a formação dos cinotécnicos ocorria por meio de outras instituições e, em alguns casos, com recursos próprios dos servidores.

A primeira edição do CFCEP ocorreu em 2022, e a mais recente foi realizada entre novembro e dezembro deste ano. Ao todo, 50 servidores já concluíram a capacitação. O conteúdo programático inclui temas como aprendizagem e fisiologia canina, atendimento pré-hospitalar, adestramento, guarda e proteção, detecção, busca, captura e técnicas de intervenção prisional com o uso de cães.

Segundo o coordenador do GOC, Anderson Cardoso, o emprego dos cães contribui para ampliar a segurança durante as ações. Ele afirma que a presença dos animais auxilia na prevenção de tumultos e reduz a necessidade do uso de outros instrumentos de contenção.

Destaque em competição

Entre os dias 17 e 21 de novembro, 45 cães e condutores de países da América do Sul participaram, em Goiânia, do 8º Campeonato Sul-Americano de Cães de Trabalho. Representando a Polícia Penal do Rio Grande do Sul, o cão K9 Mohoc e seu operador, o servidor penitenciário Hugo Gomes, conquistaram o primeiro lugar geral da competição.

O campeonato avalia o desempenho de condutores e cães em atividades policiais. Da raça pastor holandês, Mohoc tem cinco anos e atua desde os dois anos no canil da 9ª Região Penitenciária, sediada em Charqueadas. Em edições anteriores, equipes da Polícia Penal gaúcha já haviam obtido colocações de destaque em provas individuais e no ranking geral.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Rio Grande do Sul

Brigitte Bardot parou o Rio de Janeiro em 1964 e transformou a vida em Búzios
Pode te interessar
Baixe o app da TV Pampa App Store Google Play