Quarta-feira, 24 de abril de 2024

Polícia prende dois suspeitos em esquema de falsificação de vacina

O Jornal da Pampa desta terça-feira (05) contou um crime revoltante. A Polícia Civil desarticulou um esquema de vendas de vacinas falsificadas, no norte do estado. A suspeita teve início em uma Unidade de Saúde da cidade de Coxilha, que adquiriu 300 doses da suposta vacina tetravalente contra a influenza.

Centenas de doses de vacina da gripe sem lacre e sem a bula. Essa foi a principal suspeita para um profissional da saúde denunciar o lote recebido. O laboratório responsável pela fabricação foi contatado pela prefeitura, que descobriu que o lote identificado nos frascos nunca foi produzido. O fabricante acionou a Polícia Civil, que desencadeou a Operação Anticorpo. Dois suspeitos de participarem da venda das doses falsificadas foram presos.

“O município de Coxilha começou as perguntas para aqueles comerciantes, para aquelas pessoas que venderam as vacinas se poderiam trocar, substituir ou no mínimo alcançar a eles a bula do remédio que se quer foi entregue. Nesse momento, cessaram as comunicações com o município de Coxilha que ficou sem vacinas. Nós identificamos dois indivíduos, um seria o empresário e o outro a pessoa que entrega as vacinas”, disse o delegado Max Otto Ritter.

A Polícia Civil também cumpriu mandados de busca e apreensão em empresas que não tiveram os nomes divulgados. Os 30 frascos com 300 doses da falsa vacina da gripe custaram R$ 19.500 mil aos cofres de Coxilha.

O que a polícia quer descobrir agora é se existe a participação de agentes públicos no esquema. Com a pandemia do novo coronavírus, a campanha de vacinação foi antecipada e muitas cidades flexibilizaram as regras para a aquisição dos lotes. A investigação apontou indícios que as vacinas falsas podem ter sido usadas em outras três cidades da região do Planalto. Uma farmácia de Água Santa, por exemplo, estava aplicando as mesmas doses.

“Localizar toda uma rede possivelmente vítima desses criminosos, sejam elas, compondo clínicas, farmácias ou mesmo particulares, seja de Passo Fundo ou da região que tenham adquirido aquele lote que foi entregue ao município de Coxilha ou outros que estão sob investigação que também possam ser falsificados”, explicou o delegado.

Falsificar ou adulterar produtos com fins medicinais é crime hediondo, previsto no código penal. Os investigados também responderão por crimes contra a administração pública.

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