Segunda-feira, 03 de novembro de 2025

Policial penal e psicóloga são investigadas por tráfico de drogas dentro de penitenciária na Região Metropolitana de Porto Alegre

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do MPRS (Ministério Público do Rio Grande do Sul) deflagrou, na manhã desta segunda-feira (3), a Operação Julieta II para desarticular uma organização criminosa responsável pelo tráfico de drogas e pela entrada de objetos ilícitos na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Uma policial penal, já investigada na Operação Julieta I, realizada em setembro de 2024, e afastada do cargo desde então, e uma psicóloga do quadro da Polícia Penal foram os principais alvos da ação desta segunda. Os agentes cumpriram dez mandados de busca e apreensão nas cidades de Porto Alegre, Canoas, Cachoeirinha, Alvorada e São Leopoldo.

Também foram realizadas revistas na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, com o apoio da Polícia Penal. Houve o sequestro de um veículo e de uma motocicleta. Ao todo, 13 pessoas são investigadas. Não ocorreram prisões.

“A investigação, iniciada em junho de 2024, revelou a atuação de uma organização estruturada, liderada por uma apenada que comandava o esquema de dentro da unidade prisional. O grupo promovia a entrada de celulares, drogas como cocaína e maconha, e outros itens proibidos, mediante corrupção de servidoras públicas. Os pagamentos eram realizados em dinheiro, via Pix para contas de terceiros e por meio de benefícios indiretos, entre eles consertos de veículos, pagamento de franquia de escola de idiomas de uma das agentes públicas e serviços pessoais”, informou o MPRS.

Segundo a promotora Maristela Schneider, para ocultar a origem dos recursos, os envolvidos utilizavam familiares e pessoas de confiança, movimentando valores expressivos em contas bancárias, realizando depósitos sem identificação e adquirindo bens de alto valor, como veículos, além de manter empresas de fachada.

A apenada investigada movimentou mais de R$ 1 milhão com o esquema. Os crimes apurados incluem tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção ativa e passiva, prevaricação, favorecimento real, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

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