Quinta-feira, 03 de julho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 1 de dezembro de 2021
Por 22 votos a 11, a Câmara de Vereadores de Porto Alegre aprovou nesta quarta-feira (1º) um projeto de resolução apresentado por Mônica Leal (PP) para obriga os parlamentares da Casa a permanecerem de pé e em posição solene durante execuções dos Hinos Nacional e Rio-Grandense. Para isso, foi alterado item vigente desde de julho de 1992 no regimento.
A partir de agora, quem descumprir os deveres mencionados no novo texto poderá sofrer punições disciplinares. Na justificativa da proposta, Mônica argumentou que as ambas as músicas “são símbolos que representam a nação brasileira, o Estado do Rio Grande do Sul, a pátria e a terra que amamos e respeitamos, expressando o espírito cívico dos brasileiros”.
Ela acrescentou: “Nesse sentido, impõe-se que todas as pessoas, especialmente os parlamentares, como representantes da população que são, devem guardar posição de respeito durante a veiculação desse tipo de símbolo da Pátria”.
Polêmica
A iniciativa da vereadora do PP foi uma espécie de reação à atitude de oposicionistas – a maioria negros e vinculados ao PT, Psol e PCdoB – que realizaram um protesto durante a solenidade de posse da nova legislatura, na tarde de 1º de janeiro.
Naquela ocasião, eles se recusaram a levantar para o Hino gaúcho, devido a trechos supostamente racistas em sua letra. Um exemplo é o verso que afirma “(…) Povo que não tem virtude acaba por ser escravo”.
Mônica Leal rebate, com o ponto-de-vista de que os parlamentares devem respeitar a “liturgia do cargo”, sem dar margem a posturas individuais dissonantes como permanecer sentado ou mesmo envolvido em outras ocupações enquanto o sistema de som da casa toca o Hino do Estado ou País.
(Marcello Campos)