Sexta-feira, 08 de agosto de 2025

Por que algumas pessoas não cumprimentam seus colegas de trabalho, segundo a psicologia

O cumprimento é uma ação ou expressão fundamental para iniciar uma interação social com outros indivíduos. Pode ser realizado de forma verbal ou não verbal, já que seu objetivo principal é reconhecer a presença de outra pessoa. No campo da psicologia, esse gesto adquire relevância como uma forma de dar boas-vindas de maneira cortês e respeitosa. Além disso, estabelecer esse tipo de conexão favorece a comunicação entre os seres humanos.

No entanto, em certos contextos, como o ambiente de trabalho, esse comportamento muitas vezes passa despercebido. Há quem, apesar de compartilhar o mesmo espaço, evite qualquer tipo de contato com os colegas. Embora a ausência de um cumprimento possa parecer desconcertante, a psicologia sugere que esse comportamento reflete traços da personalidade e pode até estar relacionado a dinâmicas sutis de poder ou à percepção que cada indivíduo tem de si mesmo.

Um estudo publicado na revista acadêmica Personality and Social Psychology Bulletin (Revista de Personalidade e Psicologia Social, em português) indica que pessoas que se consideram superiores às outras tendem a ser menos participativos. Contudo, esse gesto, que pode parecer insignificante, também revela motivações mais profundas, frequentemente associadas à ansiedade social ou a conflitos internos não resolvidos.

Em muitas ocasiões, a falta de interação não se deve apenas à arrogância ou ao ego. Existem pessoas que evitam iniciar conversas por medo do julgamento alheio. Segundo o psicólogo Sergi Rufi, da Universidade de Barcelona, na Espanha, quem sofre desse transtorno pode experimentar um medo intenso de críticas ou apontamentos por parte dos colegas de trabalho, o que os leva a evitar qualquer tipo de contato — muitas vezes de forma inconsciente.

O profissional também destaca que, quando uma pessoa com ansiedade social se arrisca a cumprimentar e não recebe nenhuma resposta, seu cérebro pode interpretar essa situação como uma ameaça. Para lidar com esses momentos de incerteza, o mais recomendável é fazer uma exposição gradual: começar por interações breves com pessoas conhecidas e ir aumentando, aos poucos, o nível de dificuldade das conexões sociais.

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