Quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Porto Alegre detalha ações de adaptação e mitigação na COP30

O prefeito Sebastião Melo e comitiva apresentaram formalmente nesta quarta-feira, 12, durante a COP30, em Belém do Plac (Pará, o Caderno do Plano de Ação Climática). O documento, de 75 páginas, detalha a elaboração do plano, desde os diagnósticos iniciais até a avaliação das 30 ações prioritárias. O Plac define medidas para mitigar as emissões de GEE (gases de efeito estufa) e aprimorar a capacidade de resposta a eventos climáticos.

“O Plano de Ações Climáticas também é o nosso Plano Diretor do Clima, que enfrenta, entre tantas coisas, a despoluição do Arroio Ipiranga, o tratamento de esgoto, a drenagem urbana, a proteção de cheias, a eletrificação da frota de ônibus e a preservação do meio ambiente. Aqui na COP30, compartilhamos nossas experiências climáticas, mas também buscamos medidas que possam reforçar as nossas ações adotadas em Porto Alegre diante das mudanças climáticas”, disse o prefeito Sebastião Melo.

O resultado do Plac baseou-se em estudos técnicos. O Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa, de 2021, indicou que o setor de transportes contribui com 67,7% das emissões, enquanto a ARVC (Análise de Riscos e Vulnerabilidades Climáticas) identificou seis principais ameaças: tempestades, inundações, deslizamentos, secas, ondas de calor e vetores de doenças. Por fim, o levantamento da PH (Pegada Hídrica) destacou a pegada hídrica cinza, representando 97,6% do total, principalmente devido ao esgoto não tratado, o que indica a demanda por investimentos em saneamento básico.

“Nosso próximo passo será enviar o texto do Plano de Ação Climática para Câmara de Vereadores para que esse conjunto de ações se torne uma política de estado e não de governo”, afirmou o secretário do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, Germano Bremm.

Com base nos diagnósticos, o Plac estruturou 30 ações, agrupadas em três eixos – 16 delas já estão em andamento. “Começamos a elaboração do plano em março de 2023 e enfrentamos duas enchentes, uma em setembro do mesmo ano e a de maio de 2024. A partir daí, precisamos revisitar nossas prioridades para tornar Porto Alegre mais adaptada aos eventos climáticos”, relembra a diretora de projetos e políticas de Sustentabilidade, Rovana Reale Bortolini.

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