Terça-feira, 07 de outubro de 2025

PORTO ALEGRE: HEPATITE A

Porto Alegre registrou aumento de 508% no número de casos de hepatite A entre janeiro e julho deste ano, em comparação ao mesmo período do ano de 2022. Em 2023, até o mês de julho, foram notificadas à vigilância epidemiológica 117 casos da doença. Em 2022, no mesmo período, foram 23 casos.

O aumento expressivo de notificações levou a Secretaria Municipal de Saúde a emitir alerta epidemiológico a serviços e profissionais da saúde da Capital sobre a prevenção e o diagnóstico da doença.

A hepatite A pode ocorrer devido ao contato com água ou alimentos contaminados, exposição a baixos níveis de saneamento básico e de higiene pessoal e relação sexual desprotegida. O período de transmissão começa cerca de duas semanas antes do início dos sintomas e se estende até o final da segunda semana da doença.

A transmissão é fecal-oral. Quando a doença é sintomática, os sintomas costumam aparecer de 15 a 45 dias após a exposição ao vírus. Os sintomas mais comuns são icterícia (pele e olhos amarelados), urina escura, fezes claras, cansaço, febre, mal-estar, dor abdominal, náusea e vômitos, diarreia ou constipação e dores musculares.

Em Porto Alegre, no ano de 2022, foram notificados 66 casos. Destes, 58 (88%) são do sexo masculino e a faixa etária mais acometida está entre 25 e 44 anos, representando 70,5% dos casos. De janeiro a julho de 2023, dos 117 casos, 71 (61%) são homens e destes, 59,5% se concentram na faixa etária de 25 a 44 anos.

No alerta, a Secretaria Municipal de Saúde recomenda reforço na estratégia de vacinação contra hepatite A em crianças de 15 meses até 5 anos incompletos. A vacina está disponível na rede de Atenção Primária em Saúde pelo SUS. Também há recomendação para vacinação de populações específicas nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais. Entre o público estão portadores de HIV, pessoas com hepatite B e C e outras hepatopatias, portadores de fibrose cística e transplantados.

A notificação à Vigilância Epidemiológica é obrigatória. Com ela, são desencadeadas medidas de bloqueio, como verificação de contatos e controle ambiental, com vistas a evitar o surgimento de surtos da doença, em especial em estabelecimentos como escolas, instituições de longa permanência, empresas e penitenciárias.

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