Domingo, 28 de dezembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 10 de julho de 2023
A prefeitura de Porto Alegre anunciou para 24 de julho o início de um censo inédito para traçar um perfil quantitativo e qualitativo da população de cães e gatos domésticos da cidade. O trabalho será coordenado por empresa de consultoria contratada para realização de entrevistas com tutores em aproximadamente 4 mil domicílios.
De acordo com a titular da Secretaria Municipal da Causa Animal, Patrícia Martins, o estudo permitirá que as políticas públicas do município para o segmento tenham maior eficiência: “Os resultados deverão contribuir para o conhecimento da dinâmica e efetividade de estratégias como esterilização, vacinação e adoção”.
Já estão definidas as áreas a serem pesquisadas, bem como o número de residências e metodologia. Responsável pelo estudo, a veterinária Camila Marinelli Martins explica que a base é uma adaptação das técnicas do censo populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), combinada a sistema espcífico da Universidade de São Paulo (USP) para mapeamento de animais de companhia.
Ao menos cinco agentes devidamente identificados percorrerão moradias de diferentes bairros da capital gaúcha. Eles estão incumbidos de entrevistar tutores e colher dados como nome do animal, idade e aspectos relacionados à convivência deles com os núcelos humanos. A ideia é realizar o censo durante seis meses, encerrando-o até janeiro.
“Para cumprir esse prazo, pedimos a colaboração dos porto-alegrenses, facilitando o acesso de nossos recenseadores os domicílio e respondendo as perguntas”, ressalta Camila.
Animais em casa
Em Porto Alegre, a manutenção de seis ou mais cães e gatos em uma casa ou apartamento exige a obtenção de registro de canil ou gatil pelo proprietário do imóvel. É o que determina a Lei Complementar 694/2012.
Nestes casos, uma equipe da prefeitura vistoria os espaços de convívio dos animais, confere a documentação e repassa as informações aos veterinários da Diretoria-Geral de Direitos Animais, que emitem a autorização se não foram constatadas irregularidades. Ou então solicitam que o local seja adequado às normas sanitárias do município.
Conforme a Secretaria, mais de 90% desses “canis precários” que recebem o sinal-verde da prefeitura foram criados após reclamações registradas via telefone 156. E mesmo entre pessoas devotadas à causa animal, nem sempre a boa intenção é acompanhada do devido conhecimento sobre os cuidados e exigências básicas para a guarda de animais.
Os espaços domésticos com mais de um animal exigem dos tutores uma atenção especial com a alimentação, além de água em quantidades adequadas ao tamanho do cão ou gato, com recolhimento das sobras após cada refeição. Também deve ser evitada a circulação dos animais em áreas vizinhas e manter acompanhamento veterinário.
Também é importante ter sempre em mãos os atestados de saúde e vacinação. Por fim, boas condições de higiene exigem cuidados diários, fundamentais para os bichos e para que se evitem as queixas de vizinhos incomodados com o odor e ruído. O registro pode ser solicitado ao Protocolo Central. Informações em portoalegre.rs.gov.br.
(Marcello Campos)