Quinta-feira, 22 de maio de 2025

Práticas artísticas ajudam a controlar o estresse; veja quais adotar e como encaixá-las na rotina

Novo estudo publicado na revista Art Therapy, afirma que dedicar uma pequena parte do dia à criação artística pode ter uma influência positiva nos biomarcadores de estresse. Isso porque essas práticas auxiliam o organismo a relaxar e uma maneira de medir o quão relaxado — ou não — estamos nos sentindo, é a coleta de amostras de cortisol.

Este hormônio é produzido pelas glândulas suprarrenais e ganhou o apelido de “hormônio do estresse”. Desempenha um papel fundamental, desde a redução da inflamação até o aumento da degradação da glicose. É liberado como parte da resposta do corpo ao estresse e nos auxilia a permanecer em alerta máximo, intensificando as funções que precisamos e desacelerando as que não precisamos.

Assim, a pesquisa desenvolvida por Girija Kaimal, professora e chefe do departamento de Terapias Artísticas Criativas da Universidade Drexel, na Filadélfia, coletou amostras de saliva de 39 pessoas entre 18 e 59 anos. O processo se deu antes e após passarem 45 minutos criando arte — 18 participantes relataram ter pouca experiência prévia com criação artística, 13 afirmaram alguma prática e oito vasta experiência. Eles podiam trabalhar em qualquer formato que quisessem, desde trabalhos em papel até massa de modelar e materiais para colagem.

Segundo os participantes, as experiências foram relaxantes e reduziram a ansiedade. Um deles escreveu: “Consegui me manter menos obcecado por coisas que não tinha feito ou que precisava fazer”. Junto a isso, os exames salivares revelaram que os níveis de cortisol diminuíram em 75% dos indivíduos.

De acordo com Chrystina Barros, diretora geral do Hospital Maternidade Paulino Werneck e certificada em Ciência da Felicidade pela Universidade de Barkley, na Califórnia, o estudo fomenta o debate sobre a arteterapia.

“O estudo comprova o benefício da arte para o ser humano. É algo necessário para o bem-estar e não deve ser visto somente como relação de consumo. Qualquer pessoa pode fazer arte, porque ela (arte) é o que você tem para entregar, explica Chrystina Barros.

Em 2024, a Organização Mundial da Saúde apontou a população brasileira como a mais ansiosa do mundo. Aproximadamente 9,3% dos brasileiros sofrem de ansiedade patológica e as causas são diversas, como, por exemplo, má utilização de telas e excesso de pressão no ambiente de trabalho. No entanto, a criação artística pode ser excelente ferramenta de suporte e prevenção, independentemente da arte escolhida.

A especialista afirma que o importante é introduzir o fazer artístico no cotidiano. Por isso, é possível realizar a atividade em diversos horários e ambientes do dia.

“Muitas pessoas não fazem arte porque acreditam não terem tempo para isso, mas se pensarmos com calma, vamos encontrar saídas. Um exemplo? Passo mais tempo do dia no trabalho do que em outro lugar, então, levo meu violão comigo e busco sempre tocar um pouquinho em algum momento do do Z.

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