Quarta-feira, 06 de agosto de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 6 de agosto de 2025
O preço médio dos alimentos mais consumidos no Rio Grande do Sul caiu 2% em julho, segundo dados divulgados nesta semana pela Secretaria da Fazenda (Sefaz). Com a queda, o valor da chamada Cesta de Alimentos (PCA) ficou em R$ 289,09, o mais baixo registrado desde janeiro deste ano.
A redução no custo da alimentação foi superior à registrada pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que apontou queda de 0,40% nos preços de alimentos consumidos no domicílio no mesmo período.
O boletim mensal da Sefaz monitora os preços no varejo de 65 produtos considerados essenciais, com base em dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE. As informações são obtidas por meio de notas fiscais eletrônicas emitidas no Estado e processadas pela Receita Estadual.
Entre as regiões do Estado, o maior recuo foi observado no Norte, onde o valor da cesta caiu 4,45%, fechando o mês em R$ 285,65. A Região Metropolitana de Porto Alegre também apresentou queda significativa, de 2,72%, com a cesta custando R$ 295,22. Já a região das Hortênsias, apesar da queda de 1,19%, continua com o preço mais alto, a R$ 309,50.
Entre os grupos de alimentos analisados, o das hortaliças liderou a queda de preços, com recuo de 17,7% em julho. Em 12 meses, a baixa acumulada chega a 35,6%. A cebola teve a maior redução individual, com queda de 21,7% no mês, sendo vendida a R$ 3,12 o quilo, em média. O tomate também teve leve retração, apesar de ainda acumular alta de 50% no ano.
O grupo das frutas também apresentou redução, com recuo de 6,1% em julho. No acumulado do ano, a queda ultrapassa 25%. A laranja foi destaque, com queda de 26% no mês, vendida a R$ 3,99 o quilo. A uva também ficou mais barata, com recuo de 19,7%, a um preço médio de R$ 19,98 o quilo.
Entre os itens básicos, o arroz branco registrou queda de 4,57% em julho, enquanto o feijão preto teve retração de 6,7%. Ambos acumulam queda superior a 30% no ano. O café moído, que havia subido no início de 2025, também voltou a recuar, com redução média de 6,4% no Estado — no Vale do Caí, a queda chegou a 11,6%.