Quinta-feira, 08 de maio de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 7 de maio de 2025
Boletim divulgado nessa quarta-feira (7) pela Receita Estadual aponta uma elevação de 0,42% no Preço da Cesta de Alimentos (PCA) do Rio Grande do Sul em abril. Na avaliação de técnicos do órgão, trata-se de uma leve alta e que sinaliza estabilidade nesse tipo de despesa no Estado. Já o acumulado desde janeiro é de 1,92%, abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), parâmetro de inflação calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A queda regional mais acentuada dos preços em abril ocorreu no Vale do Rio Pardo, que abrange cidades como Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires, onde a taxa do PCA recuou 1,68%. Nesse caso, o valor fechou em R$ 281,63. Na sequência aparece o Litoral Norte, com retração de 1,52% e valor médio de R$ 295,66.
O maior avanço foi registrado na região da Campanha, onde cidades como Bagé e Caçapava do Sul tiveram aumento de 3%, alcançando o valor de R$ 296,40. A cesta de alimentos com preço mais elevado segue na região das Hortênsias, com média de R$ 310,82.
O Boletim de Preços Dinâmicos acompanha as variações de preço registradas nas NFC-e (Notas Fiscais do Consumidor Eletrônicas) de 65 alimentos, distribuídos em 12 grupos. São levados em conta para tal análise os alimentos mais representativos na dieta dos gaúchos, com base na Pesquisa de Orçamentos Familiares, também a cargo do IBGE.
Cereais, legumes e frutas
Dentre os grupos pesquisados, cereais e leguminosas apresentaram a maior queda no ano, com recuo superior a 15%. Apesar da leve alta registrada em abril, o preço feijão preto acumula uma redução de 20% em 2025, sendo vendido a um preço médio de R$ 6,79 o quilo no Estado.
O recuo fica atrás somente da bergamota, batata-doce e maçã, que lideram o ranking das maiores quedas de preço. O arroz, com valor médio de R$ 4,70, também compõe a lista de maiores recuos, com retração de 14,5% em 2025. O cereal atingiu o menor preço desde maio do ano passado, quando era encontrado a uma média de R$ 5,70 nos supermercados.
As frutas lideram as quedas de preço em abril, com recuo médio de 4,2%. A banana puxou a redução, com declínio de 16,6%, sendo vendida a uma média de R$ 4,99 o quilo.
Na sequência, aparece a bergamota que, devido à alta oferta no outono e inverno, teve um recuo de 15,6% em abril – a fruta foi comercializada a uma média de R$ 4,98 o quilo no mês passado. No acumulado do ano, a maior queda foi da maçã, com um recuo de 21,2%. A fruta passou a ser vendida por um preço médio de R$ 10,98 em abril.
No sentido oposto, o boletim revela um aumento de 9% no preço das hortaliças – a maior elevação entre os grupos pesquisados. A alta foi impulsionada pelo tomate, que teve aumento de 43% em abril e passou a ser vendido a uma média de R$ 9,99 o quilo.
Trata-se do maior preço desde junho do ano passado, quando era encontrado a R$ 10,20 em meio ao ápice dos efeitos econômicos das enchentes. No acumulado do ano, o aumento do preço do tomate chega a 100%.
Ovos e carne
Por outro lado, produtos que vinham pesando no orçamento das famílias frearam a alta de preços, segundo o levantamento. É o caso do ovo de galinha, que se manteve estável em abril, sendo vendido a R$ 15,29 o quilo. Já o café teve uma alta discreta, de 0,3%, e foi encontrado nas prateleiras a um preço médio de R$ 59,98 em abril.
Dentre as carnes pesquisadas, o maior recuo em abril foi da carne moída de primeira, com queda de 2% e preço médio de R$ 47,89 o quilo. Na sequência, aparece a alcatra, com queda de 1,54%, comprada a R$ 57,99 o quilo. O contrafilé registra a maior queda acumulada em 2025, com recuo de 5% e preço médio de R$ 50,99 em abril.
(Marcello Campos)