Segunda-feira, 18 de agosto de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 17 de agosto de 2025
Diversos líderes europeus confirmaram presença na reunião entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky marcada para esta segunda-feira (18), na Casa Branca. O encontro entre o presidente dos Estados Unidos e o líder da Ucrânia servirá para tratar dos próximos passos na tentativa de encerrar o conflito no Leste Europeu, depois da reunião entre o republicano e o governante russo, Vladimir Putin, na sexta, no Alasca. A guerra iniciada pela invasão da Rússia ao território ucraniano já dura mais de três anos.
Entre os líderes europeus que vão acompanhar Zelensky em Washginton DC estão o presidente da França, Emmanuel Macron, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e o secretário-geral da Otan, Mark Rutte.
Macron disse nesse domingo que Putin não quer a paz, e disse que a Europa tem que estar na mesa de negociações. O presidente francês afirmou que o continente “precisa ser temido para ser livre”, e “caso sejamos fracos hoje, pagaremos caro amanhã”.
“Vamos apoiar a Ucrânia por uma paz justa e duradoura pelo tempo que for necessário”, afirmou von der Leyen. Já Starmer disse em comunicado que “a paz na Ucrânia não pode ser decidida sem Zelensky” e que os europeus estão prontos para apoiá-lo nesta próxima fase” em busca de “garantias robustas de segurança” aos ucranianos.
Os europeus e Zelensky buscam um acordo para finalizar a guerra da Ucrânia, que já dura três anos e meio e causada por invasão russa, que preserve a soberania nacional e a integridade territorial ucranianas. Trump, no entanto, tende a direcionar as tratativas para que Zelensky ceda territórios exigidos por Putin para colocar um fim no conflito —algo considerado inaceitável pelos europeus.
Recado a Trump
Líderes europeus divulgaram uma declaração conjunta que estão “dispostos a colaborar” na realização de uma cúpula trilateral entre Ucrânia, Rússia e EUA, mas alertaram que Moscou não pode vetar o caminho de Kiev para a União Europeia e a OTAN e que “caberá à Ucrânia tomar decisões sobre seu território”.
A presença em massa dos governantes europeus no encontro envia um claro recado do apoio do continente à causa ucraniana no conflito – e tenta evitar novas cenas de constrangimento como as do bate-boca entre Zelensky, Trump e o vice americano JD Vance no Salão Oval, em fevereiro.
Cúpula no Alasca
O encontro no Alasca terminou sem um acordo de cessar-fogo na Ucrânia, o principal objetivo da cúpula realizada no Alasca. As negociações duraram cerca de três horas – bem menos do que as sete horas previstas pelo Kremlin mais cedo nesta sexta. Em entrevista coletiva, ao lado do líder russo, Trump disse que conversas foram “produtivas”, mas que “não há um acordo fechado”, embora exista “uma boa chance de chegar lá”. As informações são da CNN Brasil, Veja e Gazeta do Povo