Terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Presidente da Ucrânia fala em avanço no acordo de paz dos Estados Unidos

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse nesta segunda-feira (15) que as negociações de paz entre os Estados Unidos e os representantes do seu pais não foram fáceis, mas produtivas. O líder acrescentou que a questão territorial continua sendo um ponto delicado nas discussões, mas acredita que Washington ajudarão a Ucrânia a encontrar um acordo.

Durante um fórum empresarial em Berlim, na Alemanha, Zelensky acusou o Kremlin de usar seus ataques como forma de pressionar essas negociações e acrescentou que nenhuma usina elétrica escapou dos ataques russos ao sistema energético do país.

Recentemente, o governo ucraniano afirmou que estava disposto a abandonar sua ambição de ingressar na aliança da Otan em troca de garantias de segurança ocidentais.

Mais cedo, em uma coletiva de imprensa com o chanceler alemão Friedrich Merz, Zelensky afirmou que Kiev precisava de um entendimento claro das garantias de segurança de seus aliados antes de tomar qualquer decisão sobre a linha de frente nas negociações de paz para encerrar a guerra com a Rússia, incluindo o monitoramento de um cessar-fogo.

Para avançar em negociações, o Kremlin diz que a não adesão da Ucrânia à aliança era uma questão fundamental nas negociações sobre um acordo de paz.

“Naturalmente, essa questão é uma das pedras angulares e, claro, está sujeita a discussões especiais”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, nesta segunda-feira (15).

Delegações dos Estados Unidos e da Ucrânia se reuniram nesta segunda-feira (15) em Berlim para retomar as discussões sobre um possível cessar-fogo na guerra entre o país de Volodymyr Zelensky e a Rússia.

O encontro representa mais um capítulo nos esforços diplomáticos para encerrar o conflito que já se aproxima de seu quarto ano.

O presidente ucraniano exige que Estados Unidos e Europa aprovem leis em seus parlamentos garantindo a defesa da Ucrânia em caso de novas ameaças russas, em um modelo similar ao acordo existente entre os EUA e Taiwan.

O pedido serve como ponto de negociação após o pais sinalizar a desistência de ingressar na Otan.

Na prática, analistas consideram que a concessão de Zelensky representa pouco avanço efetivo, já que a entrada da Ucrânia na aliança militar ocidental já estava bloqueada.

Para os ucranianos, a adesão à aliança sempre foi vista como garantia de segurança, pois significaria que qualquer ataque ao país acionaria a defesa coletiva por parte de todos os membros da organização.

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