Quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Presidente do Banco Central não pensa em queda de juros no momento e que a batalha contra a inflação “não está ganha”

O presidente do Banco Central (BC), Campos Neto, disse nesta segunda-feira (5) que a instituição não pensa, neste momento, em baixar juros. Ele afirmou ainda que a batalha contra a inflação “não está ganha”.

“No Brasil, como a gente começou a subir antes (a Selic, a taxa básica de juros), fez uma subida mais rápida e mais forte, existe um entendimento de que o trabalho já tá feito e que a gente tem um apressamento, um mercado esperando a queda de juros, a gente tem comunicado que a gente não olha, não pensa em queda de juros neste momento”, afirmou Campos Neto em um evento na noite desta segunda.

Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) – considerado a prévia da inflação oficial do País – teve queda de 0,73%, segundo divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Foi a menor taxa da série histórica, iniciada em novembro de 1991. O resultado veio pela queda nos preços dos combustíveis, em particular da gasolina e do etanol, e da energia elétrica.

Na avaliação do presidente do Banco Central brasileiro, apesar dessa melhora, ainda existe uma “preocupação grande”.

“A gente entende que a inflação teve alguma melhora recente, mas grande parte da melhora foi por medidas do governo […] Mas a gente entende que ainda tem elemento de preocupação grande. A mensagem é que a gente precisa combater esse processo, entendendo que a gente vai passar por três meses de deflação, muito provavelmente, mas que a batalha não está ganha”, completou Campos Neto.

Itens essenciais e ICMS

A queda da inflação aconteceu após o corte de impostos sobre itens essenciais, como combustíveis e energia elétrica. Esses produtos por si só já impactam a inflação. Além disso, influenciam indiretamente os preços de outros itens

A diminuição dos impostos, em ano eleitoral, foi uma estratégia adotada pelo governo e pelo Congresso. No entanto, apesar de terem segurado a inflação em 2022, essas medidas pressionam os preços para 2023, conforme já alertaram diversos economistas.

Diante disso, o Banco Central já tem admitido que o foco é controlar a inflação em 2024.

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