Terça-feira, 08 de julho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 7 de julho de 2025
O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, elogiou publicamente a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e afirmou que, além do ex-presidente Jair Bolsonaro, ela seria “a única que bate Lula no segundo turno”. A declaração foi feita durante um evento do PL Mulher, realizado no último sábado (5) em Guarulhos (SP), e repercutiu dentro e fora do partido.
Durante o encontro, Valdemar destacou o crescimento da imagem pública de Michelle e sua força como possível candidata. Ainda assim, deixou claro que o nome prioritário da legenda para disputar a Presidência da República em 2026 continua sendo Jair Bolsonaro. Segundo ele, caso o ex-presidente seja impedido de concorrer, a definição de um novo nome caberá exclusivamente a Bolsonaro.
“Eu fiquei impressionado com todo aquele trabalho, todo aquele fluxo de gente que ia no PL para conhecer a presidente Michelle Bolsonaro. E para a nossa surpresa, depois de Bolsonaro, ela é a única que bate o Lula no segundo turno em todas as pesquisas que fizemos”, afirmou o dirigente, referindo-se ao crescimento da popularidade de Michelle nos últimos meses.
Os dados mencionados por Valdemar têm respaldo em pesquisas de opinião recentes. Na sondagem da Quaest divulgada no mês passado, Michelle Bolsonaro apareceu com 39% das intenções de voto em um eventual segundo turno contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que registrou 43%. O resultado configura um empate técnico, dentro da margem de erro da pesquisa.
A situação foi semelhante no levantamento do Datafolha, em que a ex-primeira-dama teve 38%, enquanto Lula alcançou 42%. Ambos os levantamentos indicam que Michelle se consolida como um nome competitivo dentro da direita bolsonarista. No entanto, os mesmos números também apontam desempenho semelhante do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que também figura como potencial presidenciável para 2026.
Apesar dos elogios e do desempenho nas pesquisas, Valdemar fez questão de reforçar a posição oficial do PL. “Se acontecer uma injustiça no Brasil e o impedirem, quem escolhe o candidato não é o partido, é o presidente Bolsonaro, porque ele é que tem os votos”, afirmou o dirigente, referindo-se aos processos que podem deixar Bolsonaro inelegível.
Atualmente, o ex-presidente está afastado das atividades políticas por recomendações médicas. Na última quarta-feira (2), ele passou por uma consulta de emergência e, segundo comunicado oficial, foi orientado a manter repouso absoluto durante o mês de julho, devido a questões de saúde ainda não detalhadas publicamente. (Com informações do jornal O Globo)