Sábado, 03 de maio de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 2 de maio de 2025
O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), defendeu que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) indique ainda neste ano quem deverá disputar a eleição presidencial de 2026 pelo seu grupo político. O ex-chefe do Executivo federal está inelegível até 2030.
Ciro Nogueira afirmou que a definição ajudaria nos preparativos para a campanha se o escolhido for alguém que esteja exercendo algum mandato agora, como o de governador. Na sua avaliação, a definição só ficaria para o ano que vem em caso de escolha de alguém da família do ex-presidente para a disputa.
O senador também negou o envolvimento de Bolsonaro com a tentativa de golpe de Estado após a eleição de Lula, alegando ter recebido ordens do ex-presidente, como seu ministro da Casa Civil, para conduzir a transição para o novo governo.
Bolsonaro está inelegível desde junho de 2023 quando o Tribunal Superior Eleitoral condenou o ex-presidente por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, pela reunião com embaixadores em que atacou o sistema eleitoral do País, sem apresentar nenhuma prova. Em outubro do mesmo ano, ele foi condenado mais uma vez, por abuso de poder político durante o feriado de 7 de Setembro em 2022, por usar a data para fazer campanha eleitoral, segundo o entendimento dos magistrados.
Pedido de CPMI
O presidente do PP também anunciou que deve ser apresentado no Senado, na próxima semana, um pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar fraudes no INSS. Já há um requerimento nesse sentido na Câmara, mas Ciro argumenta que, no caso de uma comissão mista, a instalação é obrigatória e mais rápida.
Questionado se a apuração também envolveria o governo de Jair Bolsonaro, já que as investigações da Polícia Federal apontam que já existia um esquema de descontos de aposentadorias e pensões naquele período, o senador disse que a CPMI deveria investigar “o tempo que for necessário”.
Na Câmara, um requerimento para abertura da CPI do INSS foi apresentado pelo deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) e obteve apoio de parlamentares de 13 partidos, incluindo MDB, PSD, União Brasil, PP, Podemos e PSDB. Nenhum dos 68 deputados federais do PT assinou o pedido, que ultrapassou as 171 assinaturas necessárias e aguarda decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Ciro afirmou, ainda, ser favorável à saída do governo Lula dos quatro ministros que são do União Brasil e do PP. Os dois partidos anunciaram nesta semana a formação de uma nova federação, chamada União Progressista, que terá a maior bancada na Câmara e no Senado. Com informações do jornal O Estado de S. Paulo