Domingo, 05 de outubro de 2025

Presidente do partido Progressistas afirma que a definição para representar a direita nas eleições de 2026 deve ser anunciada em janeiro e que Tracísio não tem como recuar se for convocado pelo padrinho político Bolsonaro

O senador Ciro Nogueira (PP) afirma, em entrevista ao portal O Globo que definição de quem vai representar a direita em 2026 para concorrer à presidência pela oposição deve ser anunciada em janeiro e que Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, não teria como como recusar a abrir mão de disputar a reeleição se for convocado pelo padrinho político para tentar o Planalto.

Bolsonaro está demorando a decidir quem será o candidato da direita?

Acredito que ele já decidiu. Defendo que comunique isso em dezembro para ser anunciado em janeiro. Quem vai ser, só ele sabe. Eu imagino, mas quem tem legitimidade e autoridade para dizer é ele ou o Flávio (um dos filhos) ou até a Michelle (ex-primeira-dama), que tem contato direto com ele.

É o Tarcísio?

Se fosse hoje, vejo dois candidatos viáveis: Tarcísio e Ratinho Júnior. Eles têm metade da rejeição do Bolsonaro e quase 40% de desconhecimento, o que é potencial de crescimento. Mas só têm viabilidade com o apoio do presidente Bolsonaro.

O senhor disse que “beira o impossível” Tarcísio não ser candidato se houver apoio e ambiente na direita. Mas ele resiste a anunciar.

Não beira o impossível. É impossível ele não ser candidato se tiver o apoio do presidente Bolsonaro. Eu acompanhei quando o Bolsonaro o escolheu para disputar em São Paulo. Ele queria ser candidato ao Senado em Goiás, tinha apoio do Ronaldo Caiado, mas o Bolsonaro disse: “Você vai para São Paulo, vai ser governador e ganhar a eleição”. Ele obedeceu e venceu. Não tenho dúvida de que, se tiver o chamamento do Bolsonaro para a Presidência, ele não vai virar as costas.

O senhor tem falado com Tarcísio? Ele está incomodado com essa divisão na direita atual?

Não, não está incomodado. Ele tem trabalhado para unificar. Tenho falado sistematicamente com ele.

E como o Tarcísio vê a atuação do Eduardo Bolsonaro, por exemplo, que se disse pré-candidato à Presidência?

Acho que ele tem respeito pelo Eduardo e por todos. Eu mesmo disse ao Eduardo: está na hora de focarmos em defender seu pai e enfrentar o verdadeiro adversário, que é o Lula.

O senhor disse que está faltando “bom senso” para a direita evitar uma derrota em 2026. Ao se dizer candidato, Eduardo Bolsonaro atrapalha?

Não. Acho que é legítimo ele colocar seu nome, como qualquer brasileiro. Uma pessoa tão representativa como ele, já que o pai dele está inelegível, tem toda a legitimidade. Agora, até viabilizar isso tem um caminho bem longo. Nós precisamos de um candidato que unifique a direita e o centro, alguém que possa fazer campanha aqui no país, preparar um plano de governo, percorrer o Brasil. Infelizmente, o Eduardo não cumpre esses pré-requisitos porque ele está nos Estados Unidos.

A Câmara aprovou por unanimidade o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda. Como o senhor avalia esse texto?

Defendo que aprovemos (no Senado) do jeito que veio da Câmara, o mais rápido possível. Foi uma votação histórica, que mostrou união de governo e oposição. Foi promessa tanto do Bolsonaro quanto do Lula. E o Hugo Motta, junto com relator Arthur Lira, fez um trabalho de construção de consenso.

O senhor é criticado por não encampar pautas mais radicais. Silas Malafaia, por exemplo, já o chamou de “raposa” por não apoiar um impeachment de Alexandre de Moraes. Como responde?

É verdade. Eu disse que não ia acontecer. São pautas apenas para criar palanque, mas sem viabilidade nenhuma. E eu prefiro trabalhar com o que é viável. Com informações do portal O Globo.

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Após acenos ao bolsonarismo, Tarcísio enfatiza que disputará reeleição para governador de São Paulo, enquanto calcula “custo” político de uma candidatura a Presidência da República
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