Por Redação do Jornal O Sul | 8 de junho de 2025
Chegou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) uma ação do movimento Livres que busca obrigar Jair Bolsonaro a apresentar provas para sua alegação, quando ainda era presidente, de que teria havido fraude nas urnas nas eleições de 2018.
O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) havia rejeitado o pedido do Livres, mas o advogado Irapuã Santana, que representa o movimento na ação, recorreu ao STJ.
Santana argumenta que o processo tem “relevante interesse público envolvido, tendo em vista que se trata de uma grave violação aos deveres de um presidente da República em decorrência de suas funções, enquanto ataque às instituições democráticas”.
Para o cientista político e diretor executivo do Livres, Magno Karl, é “gravíssimo” o chefe da República incitar a desconfiança nas instituições que ele mesmo representa enquanto está governando o país. “Mas, já que o fez, que
apresente provas contundentes de que realmente é verdadeiro o que ele diz. E é isso o que a nossa ação pede”, disse.
Bolsonaro e faz ‘intensivão’ antes de depor ao STF
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi a São Paulo nesta sexta-feira (6) se preparar para o julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal), marcado para a próxima semana.
Ele passou o fim de semana no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, hospedado a convite de seu aliado, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Segundo auxiliares, Bolsonaro se reuniu com advogados que preparam sua defesa e receberá aliados em um intensivão para discutir estratégias, revisando a denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e os pontos que pretende contestar. O ex-presidente é representado pelo criminalista Celso Vilardi.
Na sexta, em Brasília, antes de seguir para São Paulo, Bolsonaro participou de uma conferência de seu partido ao lado de sua mulher, Michelle, e pediu para que apoiadores acompanhassem seu depoimento, que será transmitido ao vivo. Ele disse que não iria “lacrar”, apenas dizer a verdade.
O depoimento dos réus do caso começa nesta segunda-feira (9) com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do presidente e delator no caso. As testemunhas de defesa foram ouvidas na semana passada.
Bolsonaro é acusado de liderar a trama golpista que tentou impedir a posse de Lula (PT) após as eleições de 2022.
Tarcísio prestou depoimento na semana passada como testemunha de defesa do ex-presidente e negou que Bolsonaro tenha discutido alternativas para reverter o resultado eleitoral. As informações são da Revista Veja e o portal Folha de São Paulo.
