Segunda-feira, 11 de agosto de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 11 de agosto de 2025
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (11) que falará com o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, na quarta-feira, dois dias antes de seu encontro com o presidente russo, Vladimir Putin.
Trump disse que também falará com líderes europeus ao longo da semana para coordenar uma posição comum que será apresentada ao líder russo na sexta-feira (15). Na ocasião, Trump e Putin se reunirão a sós no Alasca, e o presidente norte-americano afirmou que pressionará na ocasião o homólogo russo pelo fim da guerra na Ucrânia, que já dura três anos e meio.
Nesta segunda-feira, Donald Trump disse também que tentará negociar a devolução de territórios para a Ucrânia, mas disse que “deve haver uma troca de territórios”. Na semana passada, Zelensky rejeitou a possibilidade de ceder à Rússia regiões da Ucrânia. “Vou falar com Vladimir Putin e vou dizer a ele: você precisa acabar com esta guerra. Você precisa acabar com ela”, disse Trump.
Líderes europeus pressionaram, neste domingo (10), pela inclusão da Ucrânia nas conversas entre Washington e Moscou esta semana, das quais o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky pode participar, segundo um diplomata americano. No sábado (9), os líderes do continente disseram que “o caminho para a paz na Ucrânia não pode ser decidido sem a Ucrânia”.
Os presidentes da Rússia e dos Estados Unidos vão se encontrar na sexta-feira (15) no Alasca como parte dos esforços de Trump para encontrar uma saída para o conflito iniciado em fevereiro de 2022 com a invasão russa da Ucrânia. Mas governantes da UE (União Europeia) insistiram que qualquer acordo para encerrar a guerra de três anos deve contar com a presença da Ucrânia.
Reação europeia e ucraniana
Ministros das Relações Exteriores da UE discutirão a cúpula nesta segunda-feira em uma videoconferência, junto com seu par ucraniano. O embaixador dos Estados Unidos na Otan, Matthew Whitaker, afirmou neste domingo que o presidente ucraniano poderá sim participar da cúpula no Alasca.
“Sim, eu certamente acredito que é possível”, disse Whitaker sobre a participação de Zelensky. “Não pode haver um acordo sem a concordância de cada uma das partes envolvidas.” A exclusão da Ucrânia da cúpula gerou o temor de um possível acordo que force Kiev a ceder território à Rússia, algo que a UE rejeita.
Ao anunciar a cúpula, na sexta-feira (8), Trump disse que “haverá algum intercâmbio de territórios para o benefício de ambos”, referindo-se à Ucrânia e à Rússia, sem dar mais detalhes.