Sábado, 07 de dezembro de 2024

Presidente nacional do PSDB anuncia novos rumos para o partido

O PSDB tenta retomar a trilha para voltar a ser um ator relevante da política nacional. O partido que esteve à frente do país nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso, minguou a partir da derrota de Aécio Neves para Dilma Rousseff, em 2014 — a ponto de, em 2018, o hoje vice-presidente Geraldo Alckmin ter obtido apenas 4,76% dos votos no primeiro turno e, em 2022, não ter lançado candidato à corrida presidencial.

Para o presidente nacional do partido, Marconi Perillo, a legenda paga um preço por não ter aderido aos projetos dos extremos de PT ou de Jair Bolsonaro. E, por causa disso, as bancadas federal e estaduais tucanas minguaram.
“O PSDB sempre manteve a coerência. Por isso, talvez tenha sofrido nas últimas eleições porque não quis estar aliado a nenhum dos extremos. Ficou no centro democrático e, em razão disso, acabou minguando suas bancadas”, analisa o presidente da sigla.

Mas o ex-governador de Goiás acredita que essa retomada vem agora, com as definições para as eleições municipais. “Queremos que o PSDB volte a ter protagonismo, volte a ter bancadas expressivas, no Senado e na Câmara; que volte a governar capitais e tenha mais governadores em 2026”, declara Perillo.

Como mola propulsora desse projeto, ele aposta na força dos governadores de Pernambuco (Raquel Lyra), Rio Grande do Sul (Eduardo Leite) e Mato Grosso do Sul (Eduardo Riedel), lideranças capazes de mobilizar e ampliar as bases em torno das propostas e da história do PSDB.

“O PSDB tem a honra de contar com três excelentes governadores da nova geração. Além da Raquel, que foi prefeita bem avaliada e competente de Caruaru por duas vezes, temos o governador Eduardo Riedel (MS), que foi secretário de Estado e é um governador jovem. E Eduardo Leite, que é o primeiro governador reeleito do Rio Grande do Sul exatamente por suas qualidades como gestor competente e moderno”, enfatizou.

Eleições municipais

Para o presidente do PSDB, as eleições municipais representarão um ponto de inflexão, “uma oportunidade para o debate, para a gente falar do que a gente já fez, do que pretendemos fazer, apresentando candidaturas novas, de pessoas que estão entrando na política agora ou de pessoas mais experientes — mas que têm, ainda, muito o que oferecer, que têm boas ideias para apresentar”.

Volta por cima

“Temos muitos guerreiros que ficaram, que permaneceram, que são lideranças importantes e que estão no PSDB e querem ficar nele. É muito possível que a gente tenha uma eleição com um número bastante razoável, expressivo, de candidatos eleitos nas câmaras e nas prefeituras. Pode o PSDB perder o poder? Naturalmente que perdeu quadros, prefeitos, vereadores. Eleição é cíclica e o mundo é redondo. O partido está por baixo hoje, mas, amanhã, volta a estar por cima. Assim continua a democracia e a política”.

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