Terça-feira, 22 de julho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 21 de julho de 2025
A cantora Preta Gil faleceu neste domingo, aos 50 anos, devido a um câncer de intestino, também conhecido como câncer de cólon ou colorretal. Ela foi diagnosticada com a doença em janeiro de 2023 e desde então estava em tratamento. A última terapia realizada pela cantora antes de seu falecimento foi um tratamento experimental nos Estados Unidos.
Preta começou o primeiro tratamento com quimioterapia apenas uma semana após receber o diagnóstico de adenocarcinoma na porção final do intestino. No quinto ciclo do tratamento, ela sofreu uma sepse e passou por quatro horas de perda de consciência, reanimação e 20 dias de UTI.
“No dia 23, eu passei por uma septicemia, por um choque séptico, causado por uma bactéria que entrou no meu organismo. Existem algumas possibilidades para que essa bactéria tenha entrado no meu organismo. A mais latente, a que os médicos acham que pode ter sido, foi através do meu cateter, que eu fazia quimioterapia. Eles acham que pode ter sido por ali”, afirmou a cantora na época.
Ao todo, a cantora passou por oito sessões de quimioterapia. O tratamento utiliza medicamentos para destruir as células cancerígenas e impedir que elas se multipliquem. Os fármacos são injetados, misturados com o sangue e levados a todas as partes do corpo.
Em agosto do mesmo ano, a cantora foi submetida à retirada do tumor, por meio de uma histerectomia total abdominal, onde também há retirada do útero.
Nas redes sociais, ela contou que o procedimento foi um sucesso e seu corpo estava totalmente livre de células cancerosas, mas disse que ainda seria submetida a tratamentos adicionais. Posteriormente, ela contou que também teve que tirar o reto na cirurgia.
No fim do mês de novembro, Preta Gil foi submetida a um procedimento de reconstrução do trato intestinal e de retirada da bolsa de ileostomia, que a auxiliou por três meses na eliminação das fezes. Durante o tratamento ela também passou por sessões de radioterapia. Em dezembro daquele ano, ela anunciou o fim do tratamento do câncer.
Recidiva
No entanto, um ano após a cirurgia para a retirada do tumor, em agosto de 2024, Preta Gil disse que o câncer havia voltado em outras partes do corpo. A informação foi compartilhada em suas redes sociais, um dia após a sua internação no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
O termo médico recidiva significa que o câncer reapareceu no organismo. Isso pode acontecer no mesmo local onde ocorreu o tratamento inicial ou em diferentes órgãos. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), mesmo que o câncer se espalhe, ele continua sendo nomeado pelo local onde surgiu pela primeira vez.
Bomba portátil
Então Preta Gil começou novas sessões de quimioterapia. Para não precisar ficar internada no hospital, a cantora optou por ser submetida ao tratamento por meio de uma bomba portátil. Esse aparelho permite que o paciente receba os medicamentos onde quer que esteja.
Em novembro de 2024, Preta Gil precisou passar por uma cirurgia de emergência para solucionar um problema em seu cateter que evita obstruções do fluxo urinário. Nesse período, a quimioterapia precisou ser interrompida.
Tratamento alternativo nos Estados Unidos
No mesmo mês, a cantora disse que iria aos Estados Unidos em busca de um tratamento alternativo após revelar que a quimioterapia não resultou no efeito desejado. No dia 19 de dezembro de 2024, Preta Gil foi submetida a uma cirurgia de 21 horas para a retirada de cinco tumores e precisou colocar uma bolsa de colostomia definitiva e não provisória, como havia acontecido na primeira intervenção.
Ela tinha dois tumores nos linfonodos, estruturas que atuam na remoção de impurezas e na defesa do organismo; um nódulo no uréter, tubo que transporta a urina dos rins para a bexiga; metástase no peritônio, membrana que protege os órgãos abdominais. Dessa vez, Preta Gil ficou dois meses internada. Após a alta, ela continuou seu tratamento em esquema ambulatorial.
No início de abril deste ano, a artista voltou a ser internada por 15 dias para “fazer exames e receber medicações que, no caso dela, precisam ser em um ambiente hospitalar”, segundo informações da assessoria de imprensa. Apenas um mês depois da alta, ela voltou a ser internada por alguns dias.
Então, em maio, ela foi aos Estados Unidos para tentar um tratamento experimental após esgotar as alternativas no Brasil. As informações são do portal O Globo.