Domingo, 09 de novembro de 2025

Prévia de crescimento do PIB do Brasil surpreende e eleva projeção de crescimento

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central (BC), considerado uma prévia do PIB, registrou alta de 3,32% em fevereiro, na comparação com o primeiro mês do ano. Os números vieram acima da projeção média do mercado, em torno de 1%, o que tem levado alguns bancos e consultorias a revisarem para melhor as suas projeções para o PIB.

O resultado do IBC-Br foi o mais alto desde junho de 2020, quando o índice avançou 4,85% na comparação com o mês anterior. O crescimento foi puxado pelo agronegócio e pelo setor de serviços.

A XP Investimentos previa elevação de 1,2%. Com o resultado acima do esperado, a corretora vai refazer as contas e colocar um viés de alta para a projeção do PIB do ano, até então em 1,0%.

Também nesta sexta-feira, o Bradesco informou que revisou sua projeção para o PIB deste ano, de 1,5% para 1,8%, citando a agropecuária e uma surpresa positiva no consumo das famílias.

O economista Piter Carvalho, da Valor Investimentos, diz que os números vão melhorar as projeções do mercado este ano.

“Os números de março deste ano trazem ânimo para os economistas que acreditam que o PIB de 2023 pode ser maior que 1%. Temos um grande peso do agronegócio, a safra veio muito boa e as exportações estão aumentando. É um setor que deve continuar puxando o Brasil. O setor de serviços também está aquecido, gerando mais empregos”, afirmou.

A economia brasileira gerou 195,1 mil postos de trabalho com carteira assinada em março, um aumento de 97,6% em relação ao mesmo mês de 2022. Desse total, 122,3 mil postos de trabalho foram para o setor de serviços.

Para Rodolfo Margato, economista da XP, três fatores devem contribuir para a atividade econômica no curto prazo: expansão da agropecuária, a resiliência do mercado de trabalho e a maior renda disponível às famílias, com transferências do governo.

Tendência

Com exceção de dezembro do ano passado, de agosto de 2022 a janeiro de 2023 só houve queda na atividade econômica, conforme o índice levantado pelo Banco Central.

O indicador é “dessazonalizado”, ou seja, não considera efeitos de curto prazo. Sem ajuste sazonal, no acumulado do primeiro bimestre deste ano o IBC-Br avançou 2,87%. Em 12 meses até fevereiro apresentou crescimento de 3,08%.

Na comparação com fevereiro de 2022, o indicador do nível de atividade registrou crescimento de 2,76%.

O aumento da atividade econômica em fevereiro, no indicador do BC, ocorreu apesar dos impactos da política monetária restritiva, com condições de crédito mais apertadas, bem como endividamento elevado no Brasil.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Economia

Cristina Kirchner culpa acordo com o Fundo Monetário Internacional pela inflação na Argentina
Funcionárias relatam casos de abusos sexuais e morais na Petrobras
Pode te interessar
Baixe o app da TV Pampa App Store Google Play