Sábado, 18 de outubro de 2025

Prévia do PIB do Brasil volta a crescer em agosto, mas abaixo das expectativas

A economia brasileira voltou a crescer em agosto, mas em um ritmo inferior ao esperado pelos analistas. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de prévia do Produto Interno Bruto (PIB), registrou alta de 0,4% em relação ao mês anterior, conforme dados divulgados na última quinta-feira (16) pelo Banco Central (BC).

O resultado ficou abaixo das projeções do mercado financeiro, que apontavam para um crescimento em torno de 0,7%, de acordo com levantamento do Valor Data com 20 consultorias e instituições financeiras. As estimativas variavam entre 0,1% e 1,1%, demonstrando que o desempenho da atividade econômica ficou aquém do esperado por uma parte significativa dos economistas.

No mês anterior, julho, o IBC-Br havia registrado retração, o que indica que houve uma leve recuperação em agosto. Apesar disso, o ritmo de crescimento ainda está distante daquele observado no início do ano. Na comparação com o mesmo mês de 2024, o índice apresentou um crescimento de apenas 0,1%. Esse resultado também veio abaixo da mediana das previsões, que indicava uma alta de 0,8% na comparação interanual.

Segundo os dados divulgados pelo Banco Central, o desempenho dos setores da economia foi desigual. A indústria apresentou crescimento de 0,8% no mês, enquanto o setor de serviços teve uma expansão mais modesta, de 0,2%. A arrecadação de impostos também subiu, com avanço de 0,7%. Em contrapartida, a agropecuária registrou queda significativa de 1,9% em agosto, contribuindo para a desaceleração do índice geral.

Apesar do desempenho abaixo do esperado no mês, as projeções para o crescimento econômico ao longo de 2025 permanecem positivas. De acordo com o Valor Data, o mercado financeiro ainda estima uma expansão de 2,3% no PIB brasileiro no próximo ano.

O IBC-Br é um dos principais indicadores utilizados pelo Banco Central para monitorar o nível de atividade econômica no país. Embora não substitua o cálculo oficial do PIB, feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o índice funciona como um termômetro da economia e serve como referência importante para a formulação da política monetária. Os resultados do IBC-Br ajudam a embasar decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre os rumos da taxa básica de juros, a Selic, principal instrumento utilizado no controle da inflação. (Com informações do jornal O Globo)

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