Quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Primeiro-ministro de Israel rejeita apelo por cessar-fogo e promete batalha com “força total” em Gaza

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, resiste ao crescente apelo internacional por um cessar-fogo e afirmou que a ação para derrotar o grupo terrorista Hamas, na Faixa de Gaza, continuará com “força total”.

“Um cessar-fogo só seria possível se todos os 239 reféns detidos por terroristas em Gaza fossem soltos”, disse Netanyahu, em discurso televisionado.

O líder israelense também insistiu que depois da guerra, que entra agora na sua sexta semana, Gaza será desmilitarizada e Israel manterá o controle da segurança no local. Questionado sobre o que queria dizer com controle de segurança, Netanyahu disse que as forças israelenses devem ser capazes de entrar livremente em Gaza para caçar terroristas.

Ele também rejeitou a ideia de que a Autoridade Palestina, que atualmente administra áreas autônomas na Cisjordânia, possa, em algum momento, controlar Gaza. Ambas as posições vão contra os cenários pós-guerra sugeridos pelo aliado mais próximo de Israel, os Estados Unidos.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse que os EUA se opõem à reocupação israelense de Gaza e prevê um governo palestino unificado em Gaza e na Cisjordânia em algum momento como um passo em direção à criação de um Estado palestino.

Por enquanto, Netanyahu afirma: “A guerra (contra o Hamas) está avançando com força total e tem um objetivo: vencer. Não há alternativa à vitória.”

Vítimas civis

A pressão sobre Israel cresceu após médicos do maior hospital de Gaza terem dito que o último gerador ficou sem combustível, causando a morte de um bebê prematuro, de outra criança em uma incubadora e de outros quatro pacientes. Milhares de feridos de guerra, equipes médicas e civis deslocados foram apanhados nos combates.

Netanyahu disse que a responsabilidade por qualquer dano aos civis é do Hamas, que negou estar impedindo a fuga das pessoas na Cidade de Gaza.

O porta-voz do Hamas afirmou que seus homens estavam emboscando as tropas israelenses e prometeu que Israel enfrentará uma longa batalha. O porta-voz das Brigadas Qassam, que atende por Abu Obaida, reconheceu em áudio transmitido pela Al-Jazeera que a luta é desproporcional, “mas está aterrorizando a força mais forte da região”.

Os militares de Israel alegaram que os soldados encontraram centenas de combatentes do Hamas em instalações subterrâneas, escolas, mesquitas e clínicas durante os combates.

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