Sábado, 22 de novembro de 2025

Prisão preventiva de Bolsonaro foi para garantir a ordem pública após chamamento de vigília

A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada nesse sábado (22), foi para garantir a ordem pública. A decisão ocorreu após o filho dele, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), convocar uma vigília no condomínio em que o ex-presidente mora e estava detido em prisão domiciliar, em Brasília.

A vigília chamada por Flávio previa aglomeração de apoiadores na frente do condomínio para protestar contra prisão de Bolsonaro por golpe de Estado.

A PF avaliou que o ato poderia gerar grandes aglomerações e representava risco para participantes, agentes policiais e o próprio réu, segundo informações obtidas pelo blog.

Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por liderar uma trama golpista na tentativa de permanecer no poder, apesar da derrota nas urnas em 2022. Ele estava em prisão domiciliar desde 4 de agosto, acusado pela Justiça de atrapalhar as negociações.

Como a condenação de Bolsonaro é superior a oito anos (27 anos e 3 meses), ele deverá iniciar a execução da pena em regime fechado, ou seja, na cadeia. Assim, deve emendar a prisão preventiva com a prisão pela condenação.

O comboio que transportava o ex-presidente chegou à sede da Polícia Federal às 6h35. Após os trâmites iniciais, Bolsonaro foi levado para a Superintendência da PF, onde ficará em uma sala de Estado – espaço reservado para autoridades como presidentes da República.

Ele passou por exame de corpo de delito no próprio local. Michelle Bolsonaro, sua esposa, não estava em casa no momento da detenção.

Em nota, a Polícia Federal informou que cumpriu um mandado de prisão preventiva expedido por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A defesa de Bolsonaro afirmou que, até as 6h40, ainda tinha sido informada da prisão do ex-presidente.

Audiência de custódia

O ex-presidente deve passar por audiência de custódia neste domingo (23). A audiência de custódia serve para que um juiz verifique se a prisão foi realizada dentro da legalidade e se houve respeito aos direitos fundamentais do detido. O procedimento é obrigatório mesmo em prisões ordenadas pelo STF.

Durante a audiência, Bolsonaro deverá:

* ser ouvido por um magistrado;
* confirmar se a prisão foi realizada sem violência ou irregularidades;
* receber explicações sobre seus direitos.

A prisão é preventiva, ou seja, não tem data determinada para acabar. Após decretar a prisão preventiva, Moraes solicitou uma sessão do STF para analisar sua decisão – se será mantida ou revogada.

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