Quarta-feira, 05 de novembro de 2025

Processo de privatização da Corsan é tema de audiência pública

O governo do Rio Grande do Sul promoveu nesta semana uma audiência pública sobre a privatização da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). De forma virtual, foram apresentados em três blocos todos os detalhes do projeto e colhidas sugestões para o seu aprimoramento.

No primeiro segmento foi exposto o tema, ao passo que o segundo teve por objetivo permitir manifestações do público. Já na terceira e última parte, foram respondidos os questionamentos.

A Corsan atua em 317 municípios gaúchos, atendendo mais de 6 milhões de pessoas. O objeto do leilão são as ações da empresa que pertencem ao Estado e as de municípios que firmaram termo aditivo para vendê-las no processo de desestatização. Esse conjunto representa 99,54% da base acionária da companhia.

Com a transferência do controle à iniciativa privada, o vencedor do leilão precisará comprovar capacidade econômico-financeira para atingir a universalização dos serviços de saneamento, conforme a exigência legal.

O valor mínimo da alienação será de cerca de R$ 4,1 bilhões e o critério de julgamento será a maior proposta global. Banco Genial e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assessoram o Estado, respectivamente, na organização e estruturação financeira do projeto.

Após a audiência pública desta terça-feira, os próximos passos serão a publicação do edital de licitação e a realização da sessão pública do leilão.

Com a palavra…

Representando o governo gaúcho, compareceram à sessão o secretário adjunto do Meio Ambiente e Infraestrutura, Guilherme de Souza, o procurador da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), Juliano Heinen, e o secretário-executivo de Parcerias, Marcelo Spilki.

Também estiveram presentes o diretor-presidente da Corsan, Roberto Barbuti, o diretor de concessões e privatizações do BNDES, Fábio Abrahão, e o representante do banco Genial, Mikael Martins.

O diretor de concessões e privatizações do BNDES, Fábio Abrahão, apontou os benefícios do projeto. “Essa operação vai melhorar a vida dos gaúchos, atrair empregos e a companhia se tornará uma entidade empresarial com envergadura nacional e até internacional. O impacto estrutural desse processo transborda as fronteiras do Estado”, afirmou.

De acordo com Guilherme de Souza, a desestatização da companhia é necessária para viabilizar o cumprimento da Lei Federal 14.026/2020, o “Novo Marco do Saneamento”, que traz metas desafiadoras. Isso inclui atender, até o ano de 2033, ao menos 99% da população com água potável e 90% com coleta e tratamento de esgotos.

Ele mencionou o fato de a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul ter aprovado, em agosto do ano passado, o Projeto de Lei 211/2021, que autoriza a privatização da estatal.

Já o presidente da Corsan, Roberto Barbuti, frisou que a privatização poderá reduzir a tarifa de água: “O processo trará impactos altamente positivos, inclusive em termos socioambientais, permitindo elevar o nível da prestação do serviço de saneamento e também a lucratividade, bem como a contenção de perdas, beneficiando o consumidor”.

(Marcello Campos)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Rio Grande do Sul

Santa Catarina registra neve em novembro pela primeira vez
Feira do Livro de Porto Alegre registra grande público nos primeiros dias
Pode te interessar
Baixe o app da TV Pampa App Store Google Play