Terça-feira, 16 de setembro de 2025

Procurador-geral da República pede condenação de nove réus do “núcleo 3” da trama golpista

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu na segunda-feira (15) ao STF (Supremo Tribunal Federal) a condenação de nove réus do chamado “núcleo 3” da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Nas alegações finais enviadas ao STF, última fase antes do julgamento, Gonet reiterou a denúncia apresentada contra os réus, que são acusados de planejar “ações táticas” para efetivar o plano golpista.

O núcleo é composto por oito militares do Exército e um policial federal. Eles respondem aos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Na manifestação, Gonet defendeu que a acusação contra o tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo Júnior, um dos réus, seja desclassificada para o crime de incitação das Forças Armadas contra os Poderes constitucionais.

Com a medida, o acusado poderá ter direito a um acordo para se livrar da condenação. Atualmente, ele responde aos cinco crimes imputados a todos os réus.

Fazem parte desse núcleo os seguintes investigados: Bernardo Romão Correa Netto (coronel), Estevam  Theophilo (general), Fabrício Moreira de Bastos (coronel), Hélio Ferreira Lima (tenente-coronel), Márcio Nunes de Resende Júnior (coronel), Rafael Martins de Oliveira (tenente-coronel), Rodrigo Bezerra de Azevedo (tenente-coronel), Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (tenente-coronel) e Wladimir Matos Soares (policial federal).

Próximos passos

A partir de agora, as defesas dos acusados têm prazo de 15 dias para enviar ao Supremo suas alegações finais. Em seguida, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, deve liberar o processo para julgamento.

Outros núcleos 

Até o momento, somente o “núcleo 1”, formado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus, foi condenado. Além do “núcleo 3”, serão julgados neste ano os “núcleos 2 e 4”.

O “núcleo 5” é formado pelo empresário Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente da ditadura militar João Figueiredo. Ele mora nos Estados Unidos e não apresentou defesa no processo.

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