Domingo, 28 de abril de 2024

Produção de veículos no Brasil tem maior volume em 20 meses

No maior volume em 20 meses, a produção da indústria de veículos terminou julho marcando crescimento de 33,4% em relação ao mesmo período de 2021. Frente a junho, a alta foi de 7,5%, conforme balanço divulgado pela Anfavea, a associação que representa as montadoras.

Entre carros de passeio e utilitários leves, como picapes e vans, caminhões e ônibus, 219 mil unidades foram produzidas no mês passado, número mais alto desde novembro de 2020 (238,2 mil).

A irregularidade no fornecimento de peças ainda persiste, sendo responsável no mês passado por paradas, de parte ou toda a produção, em fábricas de marcas como Volkswagen, Nissan, Renault e Mercedes-Benz (caminhões). A reabertura do porto de Xangai, após restrições que, entre abril e maio, congestionaram o transporte internacional de mercadorias, trouxe, porém, um alívio ao fluxo de peças.

No acumulado desde o primeiro dia do ano, a queda de produção nas montadoras foi reduzida a 0,2% na comparação com igual período de 2021, somando agora 1,31 milhão de unidades.

Reação do mercado

O mercado de veículos voltou a registrar recuperação em julho, com vendas de 182 mil unidades, 2,2% a mais quem em junho e 3,7% acima do resultado de igual mês do ano passado. No acumulado do ano, foram licenciados até agora 1,1 milhão de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, queda de 11,8% na comparação com o mesmo período de 2021.

A melhora do mercado, apesar dos juros altos e da ainda escassez de semicondutores, ocorreu em paralelo ao anúncio de nova redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis no início de agosto. A medida deve levar algumas marcas a reduzirem preços ou promoverem menor repasse de custos nas tabelas oficiais.

Na ocasião, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, disse que “foi uma decisão sensata do governo federal, em especial do Ministério da Economia, no sentido de ataque ao custo Brasil e da busca de uma carga tributária mais compatível com a de outros países produtores de veículos”.

Nessa terceira etapa de cortes de IPI para vários setores, a redução para automóveis e utilitários-esportivos (SUVs) subiu de 18,5% para 24,75% sobre as alíquotas praticadas antes da primeira redução, em 1º de março. Esse segmento havia ficado de fora do segundo corte aplicado em 29 de abril para vários outros setores industriais.

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