Quinta-feira, 11 de setembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 10 de setembro de 2025
Uma infinidade de produtos coloniais está à venda no Pavilhão da Agricultura Familiar do Acampamento Farroupilha, que acontece até 21 de setembro no Parque Harmonia, em Porto Alegre.
São cucas, roscas, bolachas, pães, rapaduras, doces de leite e queijos, entre outras delícias, que vêm de diversas regiões do Rio Grande do Sul para cativar o paladar dos consumidores que frequentam o local.
Seus produtores têm, em comum, o objetivo de aprimorar as novidades que anualmente levam para o espaço. Joana Ares atende na banca dos doces de leite e licores de uma empresa que acumula prêmios e aposta na criação de kits para atrair os mais sedentos por doce de leite: tem a opção com queijo, com nozes ou doce de leite com mel, os mais vendidos.
No estande ao lado, seu marido Alexandre Ares comercializa rapaduras de todos os tamanhos. Ele não esconde o maior orgulho: a rapadura de melado e amendoim com café, criada especialmente para a Expointer e o Acampamento Farroupilha 2025. “É um dos produtos que mais comercializo. O café estoura na boca, é muito saboroso. Até já pedimos reposição”, comenta.
Não muito longe, a dona de casa Vera Silveira, de Porto Alegre, passeava pelos corredores com um grupo de amigas nesta quarta-feira (10), quando avistou uma banca de embutidos, como salames e copas.
“Esse não branqueia, né?”, indagou ao vendedor, preocupada com a criação de mofo. Apesar do interesse, ela admite que seus produtos preferidos são os doces: “O brownie eu compro sempre, e a figada, então, como duas vezes”, disse, prometendo voltar mais vezes antes do fim do Acampamento.
Juarez de Souza comanda uma banca de laticínios e ali, entre cerca de dez tipos de queijo, o destaque é um exemplar à base de erva-mate, criado em 2024 para a Expointer e aprimorado este ano. O diferencial, explica, é o tempo de maturação, o que torna a peça mais cara: R$ 50,00 a cada 250 gr. “O tempo de produção é maior, mas a aceitação do público é muito boa”, compara.
Nem só de comida é feito o Pavilhão da Agricultura familiar. Também há artesanato indígena, com a venda de cestos, colares e baracas – uma espécie de chocalho usado em rituais e danças -, além dos conhecidos animaizinhos talhados em madeira. Tem periquito, quati, onça, coruja, macaco prego. Marcio Timoteo, da etnia guarani, morador de Camaquã, assim como os outros empreendedores, diz que as vendas estão subindo, mas ainda podem melhorar. “Temos ainda 20 dias pela frente”, lembrou.
O evento reúne 236 piquetes em uma área de 100 mil metros quadrados. A programação cultural tem como tema Ondas curtas para uma história longa – o centenário de Darcy Fagundes e os 70 anos do Grande Rodeio Coringa.