Sábado, 02 de agosto de 2025

Programa gaúcho de desassoreamento já retirou 90 mil metros-cúbicos de sedimentos de pequenos rios, arroios e canais de drenagem

Ao completar um mês da assinatura da ordem de início do Programa de Desassoreamento do Rio Grande do Sul (Desassorear RS), a iniciativa já permitiu a retirada de 90 mil metros-cúbicos de sedimentos de pequenos rios, arroios, canais de drenagem e sistemas pluviais. Os trabalhos são coordenados pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedur).

Em Bento Gonçalves (Serra Gaúcha), o maquinário está atuando no distrito de Faria Lemos, onde o trabalho de desassoreamento no Arroio Pedrinho está em fase de conclusão. No momento, as pás carregadeiras e caminhões caçamba estão auxiliando na retirada e transporte do material sedimentar extraído do arroio.

“É gratificante voltar aqui, quase 30 dias depois da primeira assinatura da ordem de início, e perceber o quanto o trabalho avançou”, destaca o diretor de Apoio às Cidades da Sedur, Edinei Pavão. “Hoje a obra se encontra quase finalizada e conseguimos ver o Arroio Pedrinho voltando à sua condição normal, com a água seguindo seu curso livremente.”

De acordo com o morador do distrito de Faria Lemos, Alexsander Macagnan, nas últimas enchentes a população local sofreu por duas vezes com o transbordamento do arroio: “Foi bem difícil para a nossa região acompanhar tudo o que aconteceu aqui. Mas quando as máquinas começaram a trabalhar, surgiu uma esperança. A gente torce para que não aconteçam novos alagamentos”.

O Desassorear RS também já está com ações em curso nos municípios de Arvorezinha, Imigrante, Anta Gorda, Arroio do Meio, Guaíba, Cotiporã, Dr. Ricardo, Igrejinha, Nova Alvorada, Santa Maria, Santa Tereza e Vila Maria. No total, 154 cidades gaúchas foram contempladas na primeira fase do programa (Eixo 1), que se concentra em recursos hídricos de pequeno porte, como rios menores, arroios e canais de drenagem.

No município de Arvorezinha, o maquinário está em campo no bairro Cerâmica, que sofreu com alagamentos nas últimas cheias. Para moradores locais, como a senhora Izolete de Lima, o trabalho de desassoreamento traz esperança de dias melhores na localidade:

“Foi muito triste abrir a porta da casa, ver que estava tudo alagado e não ter o que fazer. O que nós esperamos é que o problema dessa sanga seja resolvido, porque precisamos muito”.

Saiba mais

O programa Desassorear RS tem como base dois eixos de atuação: o Eixo 1, sob responsabilidade da Sedur, é voltado para recursos hídricos de pequeno porte, como rios menores, arroios e canais de drenagem; E eixo 2, que será implementado em etapa posterior pela Sema, contempla rios maiores, de médio e grande porte.

As ações do programa incluem a criação de normativas-modelo, capacitação de técnicos municipais e alocação de recursos financeiros para a contratação do maquinário necessário para o desassoreamento. Por meio de chamamento, será possível contratar horas-máquina, com execução direta pelo Estado, conforme manifestação de interesse dos municípios.

A iniciativa integra o Plano Rio Grande, o programa de reconstrução, adaptação e resiliência climática do Estado lançado em 2024, que visa planejar, coordenar e executar ações para enfrentar as consequências sociais, econômicas e ambientais da enchente histórica. O Desassorear RS tem investimento de mais de R$ 300 milhões do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs).

(Marcello Campos)

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