Quarta-feira, 01 de outubro de 2025

Projeto de poder de Eduardo Bolsonaro inclui sair do partido de seu pai e ameaçar levar cerca de 30 deputados

O verdadeiro motivo por trás dos recentes rumores a respeito da saída de Eduardo Bolsonaro do PL é dinheiro. Segundo lideranças do partido, o parlamentar está incomodado com a falta de estrutura para tocar sua comunicação e continuar a articulação que tem feito a partir dos Estados Unidos.

Aliados do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, apontam que Eduardo está incomodado até mesmo com o apoio financeiro que o PL Mulher, atualmente liderado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), tem recebido.

Para esses integrantes da legenda, as queixas são infundadas, uma vez que Michelle transformou a frente feminina do PL no que chamam de “potência”, pois ela usa a iniciativa para rodar o Brasil. Eduardo, por sua vez, está nos Estados Unidos, onde o PL não precisa de articulação política para eleger deputados e senadores na eleição de 2026.

Incentivado pela ala radical do PL, Eduardo está convencido de que precisa de espaço para construir seu nome como sucessor do pai, e que esse espaço não existe no PL neste momento.

Aliados do deputado consideram a situação insustentável, mas ainda não se sabe quando Eduardo vai deixar o PL e para qual sigla iria. O PRTB é apontado como um destino possível.

Lideranças do PL dizem que Eduardo tem dito que vai levar com ele outros 30 deputados, mas tal estimativa é desacreditada e chega a causar risos em membros do partido.

Aliás, lideranças do PL mandaram recado a Jair Bolsonaro que jogaram a toalha sobre tentativas de enquadrar o filho 03 do ex-presidente. E sugeriram que a própria família o fizesse.

Alguns deputados acreditam que Eduardo possa estar blefando em busca de atenção. Até porque, se sair do PL, o parlamentar pode perder a blindagem para preservar o seu mandato que é, até agora, capitaneada pelo líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).

Presidência

O jornalista Paulo Figueiredo afirmou que Eduardo Bolsonaro encontrará facilmente um partido político caso o PL lhe feche a porta para concorrer à Presidência da República. O comunicador vive nos Estados Unidos há onze anos, e hoje é visto como uma das figuras mais próximas ao filho 03 do ex-presidente, que busca preservar o espólio político do pai.

Nos últimos meses, partidos de centro-direita têm tentado pavimentar a união em torno de uma candidatura única do grupo em 2026, de preferência tendo o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) na cabeça de chapa. Eduardo, que está nos EUA desde março em busca de apoio do governo Donald Trump ao pai, tem afirmado que concorrerá ao Planalto se o ex-presidente não puder disputar a próxima eleição.

Lideranças do PL e desses partidos de centro-direita, porém, têm afirmado que Eduardo dificilmente encontrará uma sigla para concorrer. “O Brasil tem 30 partidos, é quase infantil achar que um não teria vontade de ganhar 25 ou 30 deputados, e talvez alguns senadores. Claro que ele está sendo assediado, mas é uma decisão que não precisa ser tomada agora”, afirmou Figueiredo.

O influenciador da direita ainda comparou a situação de Eduardo com a de Jair antes da sua vitória. “Mais uma vez, olha o paralelismo com Bolsonaro em 2018. Partido tem muita importância na discussão política em Brasília, e nenhuma importância nas urnas Eduardo poderia ser candidato por qualquer partido, menos PT, PSol e afins”, afirmou. (Com informações dos portais de notícias g1 e Metrópoles)

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