Quinta-feira, 05 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 6 de abril de 2022
Uma quarta dose da vacina da Pfizer reduziu as taxas de covid entre os idosos, mas a proteção contra a infecção pareceu de curta duração, conforme indica um estudo em Israel publicado no “New England Journal of Medicine”.
Os pesquisadores observaram que a proteção da segunda dose de reforço contra a infecção diminuiu após quatro semanas. No entanto, a proteção contra sintomas graves não diminuiu durante as seis semanas após a aplicação. Segundo os autores, foram necessários mais estudos de acompanhamento para fazer a avaliação a longo prazo.
O estudo com 1,3 milhão de pessoas com 60 anos ou mais analisou dados do banco de dados do Ministério da Saúde de Israel entre 10 de janeiro e 2 de março, quando a variante ômicron era predominante.
Nesta quarta-feira (6), uma reunião da FDA, a agência regulatória dos EUA, discutiu a necessidade de reforços adicionais, uma semana depois que o país autorizou a segunda dose de reforço para pessoas com 50 anos ou mais em meio à disseminação da subvariante ômicron BA.2.
Os ministros da saúde europeus também pediram aos governos do bloco que apoiem uma quarta dose da vacina para pessoas com mais de 60 anos.
Na Ásia, a Coreia do Sul começou a distribuir a quarta dose de vacina contra covid em fevereiro, e Cingapura disse que planeja aplicar o reforço em pessoas com 80 anos ou mais.
Outro estudo de Israel mostrou no último mês que os idosos que receberam um segundo reforço da vacina da Pfizer tiveram uma taxa de mortalidade 78% menor do que aqueles que receberam apenas um.
Israel começou a oferecer a segunda dose de reforço em janeiro.
Pós-Coronavac
A dose de reforço da vacina da Pfizer em pessoas que receberam duas doses da Coronavac conferiu uma proteção de 56% para casos leves de covid no período de 8 a 59 dias após essa imunização com o esquema heterólogo, ou seja, diferente. Já o reforço homólogo (com a mesma vacina) demonstrou uma efetividade de apenas 15%.
Esses são dados de um novo estudo divulgado esta semana pela Fiocruz. A pesquisa, que ainda não foi revisada por pares, avaliou o ganho de proteção que a terceira dose forneceu a adultos no Brasil que completaram o esquema vacinal com duas doses da Coronavac.
Segundo a análise, no período de chegada e predominância da variante ômicron por aqui, entre dezembro do ano passado até metade de março, duas doses de Coronavac oferecem uma proteção de 8,1% contra covid sintomática e de 57% contra desfechos graves da doença.
Já com uma terceira dose da mesma vacina, a eficácia contra a covid sintomática foi de 15% nesse período e, contra a covid grave, de 71,3%.
Por outro lado, um reforço com a Pfizer resultou num aumento substancial na proteção contra hospitalização ou morte, elevando a proteção para cerca de 86% em menos de 60 dias.