Sábado, 27 de dezembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 26 de dezembro de 2025
O assessor de política externa do presidente da Rússia, Vladimir Putin, conversou com membros do governo dos Estados Unidos depois que Moscou recebeu propostas dos EUA sobre um possível acordo de paz na Ucrânia. A informação foi divulgada pelo Kremlin nessa sexta-feira (26).
O assessor de política externa do Kremlin, Yuri Ushakov, falou por telefone com vários membros do governo do presidente dos EUA, Donald Trump, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. Ele não disse quando a ligação foi realizada.
O enviado de Putin, Kirill Dmitriev, trouxe cópias impressas das propostas de paz dos EUA de volta a Moscou após uma reunião em Miami no fim de semana — e os detalhes estão sendo analisados pelo Kremlin, disse Peskov.
“As informações foram analisadas e, em nome do presidente Putin, houve contato entre os representantes das administrações da Rússia e dos Estados Unidos”, disse Peskov, acrescendo que “foi acordado continuar o diálogo”.
Quando perguntado sobre como o Kremlin via os documentos, Peskov disse que não queria comentar, pois a Rússia acha que fazer comentários em público pode prejudicar as negociações.
O jornal russo Kommersant informou que Putin disse a alguns dos principais empresários russos que ele poderia estar aberto a trocar alguns territórios controlados pelas forças russas na Ucrânia, mas que ele queria toda a região do Donbas.
Questionado sobre a reportagem, Peskov disse que as discussões sobre a paz na Ucrânia foram abordadas “em geral” e mencionadas na reunião. Ele não deu mais detalhes sobre o que foi discutido.
Encontro com Trump
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, vai discutir no domingo (28) questões territoriais — principal obstáculo nas negociações para encerrar a guerra — com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enquanto um plano de paz de 20 pontos e um acordo de garantia de segurança estão quase concluídos.
Ao anunciar a reunião, Zelensky disse que “muita coisa pode ser decidida antes do Ano Novo”, uma vez que Washington se esforça para acabar com a guerra da Rússia na Ucrânia, conflito mais mortal da Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
“Quanto às questões sensíveis: Discutiremos Donbas e a usina nuclear de Zaporizhzhia. Certamente discutiremos outras questões também”, disse o ucraniano a jornalistas em um bate-papo no WhatsApp. As informações são da CNN Brasil e InfoMoney.