Terça-feira, 24 de junho de 2025

Qatar Airways suspende todos os voos; aviões estão sendo desviados para outros aeroportos

A Qatar Airways confirmou a suspensão temporária de seus voos, em razão do fechamento do tráfego aéreo no Catar. O Irã executou um ataque com mísseis balísticos à bases americanas no país nesta segunda-feira (23).

No final da tarde, o Catar reabriu o espaço aéreo.

Em nota, a companhia afirmou estar “trabalhando de perto com as autoridades para dar suporte aos passageiros impactados” e garantiu que retomará as operações assim que o espaço aéreo for reaberto. “A segurança de nossos passageiros e tripulações continua sendo nossa prioridade máxima”, diz o comunicado.

O Golfo Pérsico abriga os principais centros de conexão de duas das maiores companhias aéreas intercontinentais do mundo: Qatar Airways e Emirates. Juntas, elas transportam dezenas de milhares de passageiros por dia entre o Ocidente e o Oriente.

Na tarde desta segunda-feira, o governo de Dubai anunciou que os aeroportos da cidade retomaram as operações após breve suspensão por conta dos ataques iranianos. Os governos de Bahrein e Kuwait também anunciaram a reabertura dos aeroportos.

Segundo registros do site de rastreamento “Flightradar24”, diversas aeronaves tiveram que retornar à origem ou pousar em outros aeroportos.

A medida de segurança foi tomada horas após o lançamento de uma série de mísseis pelo Irã contra bases dos Estados Unidos no Catar, em retaliação aos bombardeios americanos do sábado (21) contra instalações nucleares iranianas.

Voos comerciais incluem, por padrão, ao menos dois aeroportos alternativos no plano de voo, justamente para situações de emergência como essa.

O ataque à base americana no Catar ocorre em meio a uma rápida escalada do conflito entre Estados Unidos, Irã e Israel, marcada por uma ofensiva inédita contra o programa nuclear iraniano e pela entrada formal dos EUA na guerra.

O Catar fechou o espaço aéreo temporariamente com o objetivo de “proteger seus cidadãos, residentes e visitantes” e que monitora a situação”.

Retaliação à ataque americano

Veja a cronologia dos principais acontecimentos:

Quinta-feira (12/6): Israel inicia uma série de bombardeios contra alvos estratégicos no Irã, atingindo inclusive áreas próximas de instalações nucleares. O ataque surpreende aliados e interrompe negociações diplomáticas em curso com países europeus e os Estados Unidos.
Sexta-feira (13/6): em resposta à ação israelense, o Irã ameaça retaliações. Os aiatolás alertam para “consequências severas” e aumentam o nível de prontidão militar.
Sábado (21/6), madrugada: os Estados Unidos confirmam ter conduzido um ataque aéreo de alta precisão contra três das principais instalações nucleares do Irã: Fordow, Natanz e Isfahan. Segundo o presidente Donald Trump, o objetivo foi “quebrar a capacidade nuclear” do Irã. Ele afirmou que, se o país não aceitar negociar, “haverá tragédia”.
Sábado (21/6), noite: O Irã responde com ataques de mísseis balísticos contra a base aérea americana de Al-Udeid, no Catar, um dos principais centros militares dos EUA no Oriente Médio. Washington diz que não houve vítimas, mas reconhece o impacto da ofensiva e promete novas atualizações.

Especialistas alertam para o risco de uma guerra regional com consequências globais, incluindo ameaças à produção de petróleo, risco de terrorismo e o colapso de negociações diplomáticas já fragilizadas.

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