Sexta-feira, 28 de novembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 28 de novembro de 2025
Quase a metade dos moradores do Rio Grande do Sul que planejam alugar um imóvel pretende pagar até R$ 1 mil de aluguel. É o que mostra uma pesquisa realizada pela Loft, empresa de tecnologia e serviços financeiros para imobiliárias, em parceria com a Offerwise.
No Estado, 48% dos entrevistados buscam imóveis nessa faixa de preço. Outros 35% querem valores entre R$ 1 mil e R$ 2 mil; e 13% consideram pagar de R$ 2 mil a R$ 4 mil. Apenas 4% aceitariam aluguéis entre R$ 4 mil e R$ 8 mil.
A pesquisa ouviu 1,3 mil inquilinos entre 26 de setembro e 6 de outubro, em uma amostra representativa da população do Rio Grande.
“Apesar de o Rio Grande do Sul ter uma parcela expressiva de moradores buscando aluguéis de até R$ 1 mil, o que realmente chama a atenção é a força da faixa seguinte. O Estado tem o maior percentual de pessoas procurando imóveis entre R$ 1 mil e R$ 2 mil entre todas as regiões analisadas, o que indica um mercado com tíquete intermediário mais consolidado”, destaca Fábio Takahashi, gerente de Dados da Loft.
Ainda de acordo com o especialista em Dados, no Rio Grande do Sul, a procura por imóveis até R$ 1 mil chega a 67% entre os jovens de 18 a 24 anos, reflexo de orçamentos mais restritos no início da vida adulta.
“Mas, mesmo em faixas etárias mais altas, o interesse permanece elevado. O percentual chega a 50% tanto entre pessoas de 25 a 34 anos quanto entre 35 e 44 anos”, afirma.
Segundo a pesquisa, a renda também exerce forte influência nas escolhas. Entre as classes D/E e C, a busca por imóveis até R$ 1 mil atinge 67% e 58%, respectivamente. Já na classe A, 50% buscam opções entre R$ 2 mil e R$ 4 mil. No recorte por estado civil, 55% dos solteiros querem pagar até R$ 1 mil, porcentual que sobe para 67% entre os casados.
“A localização também altera as expectativas. Enquanto 75% dos moradores do Interior do Estado procuram aluguéis de até R$ 1 mil, o percentual é menor na região metropolitana (50%) e despenca para 22% na capital, onde os preços dos imóveis são mais elevados”, ressalta Takahashi.
No Rio Grande do Sul, 17,5% das pessoas moram de aluguel, situação que é comum a 21,9% dos brasileiros. Os números da capital gaúcha são parecidos, uma vez que 17,8% dos porto-alegrenses residem em imóveis alugados, o que corresponde a 296 mil domicílios.
As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada em agosto deste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados também revelam que as mulheres gaúchas são responsáveis por mais domicílios do que os homens.
Conforme o recorte do IBGE, o Estado tem 65,7% de seus moradores residindo em imóveis já quitados. Em Porto Alegre, esse percentual cai para 63,1%, mas continua acima do percentual do Brasil, que é de 62,7%.