Sábado, 05 de julho de 2025

Que Congresso? Moraes já deu o que Lula queria

O Congresso já entra derrotado na curiosa “audiência de conciliação” do ministro Alexandre de Moraes, para definir se é “mais constitucional” o decreto do aumento do IOF ou o decreto legislativo que o anulou, como fixa a Constituição. Até para os padrões dos parças do Supremo Tribunal Federal, seria impensável manter o decreto. Mas o relator deixou Lula feliz anulando a decisão da Câmara por 383×98 votos e do Senado por aclamação. Noves fora, o Congresso já não vale nada.

Vitória valorizada

Não por acaso, a decisão de Moraes levou euforia à Advocacia Geral da União (AGU), que disse “valorizar” a tal “audiência da conciliação”.

Para que Legislativo?

Impressiona a exibição de bíceps do STF: um único ministro anula decisão de 75% da Câmara de 513 deputados eleitos nas urnas.

Audiência no Olimpo

Moraes ordenou que os chefes do Executivo e Legislativo se postem diante de sua decisão suprema. Não dá precedentes mencionados.

Com quem Lula conta

Bem que Lula sinalizou, em novo “sincericídio”, o que estava por vir: “se eu não for à Suprema Corte, eu não governo mais o País”.

Viagens: governo torra R$63 milhões em 14 dias

Pelas contas do Portal da Transparência, o governo Lula (PT) torrou R$63 milhões com viagens em apenas duas semanas, enquanto o País se debate com a necessidade de cortar despesas. No total do ano, foram R$667,7 milhões com viagens de funcionários (até 27 de junho). A conta não inclui a fortuna gasta pelo presidente, Janja e outros igualmente não votados, como ministros de Estado e integrantes do STF, que usam jatinhos da FAB, assim como chefes de Poder.

Diária é grana

A maior parte dos gastos do governo com viagens banca as diárias dos servidores de “confiança”, que já receberam R$408,5 milhões este ano.

Passagens secundárias

As passagens para viagens da turma custaram R$255,5 milhões em seis meses de 2025. “Outros gastos” totalizam R$3,7 milhões.

No exterior

Cerca de 15% das viagens do governo Lula nos primeiros seis meses do ano foram internacionais e custaram R$101,5 milhões.

Mão no bolso

Mais de 150 autoridades no Gilmarpalooza, em Lisboa, equivalem em números aos jogadores brasileiros na primeira fase da Copa do Mundo de Clubes, nos EUA. Mas os atletas não gastaram nosso dinheiro…

Gastança além-mar

Advogado em Lisboa disse que o Gilmarpalooza faz diferença para a economia local, lotando restaurantes, hotéis e serviços lisboetas. Parte por conta de dinheiro público brasileiro, parte bancada por lobistas.

Curioso investimento

Auge no “Gilmarpalooza” foi o jantar pago pelo BTG no exclusivo Suba, restaurante estrelado no Guia Michelin. Só para escolhidos a dedo. O BTG não é um escritório de advocacia, é um banco de investimentos…

Usina de lorotas

Lula (PT) seguiu orientação dos marqueteiros e passou a criticar o preço da gasolina, mas novamente terceiriza responsabilidade para os fiscais. Baixar imposto, que derrubaria os preços, nem pensar.

Maior dos séculos

O mais popular educador financeiro do País, Charles Wicz, chamou de “roubo do século” o ataque de hacker que pode ter afanado R$1 bilhão de bancos. Já o roubo de todos os séculos, R$9 bilhões por baixo, foi aos aposentados do INSS, beneficiando a cumpanheirada sindicalista.

Prendam seus bandidos

O desinteresse do governo Lula de dar um jeito no crime organizado já constrange o País lá fora. O presidente da Argentina, Javier Milei, cobrou contenção de facções brasileiras que ameaçam o Mercosul.

Promessa ao contrário

Mercados da Asa Sul, a menos de dois quilômetros do Palácio do Planalto, em Brasília, protegem com redes e alarmes todas as carnes de churrasco, e não só picanha. Caso do Pão de Açúcar, por exemplo.

Luz no túnel

Segundo avaliação do vice-presidente jurídico da CACB, Anderson Cardoso, a decisão do STF de suspender o decreto de Lula que aumentou o IOF ao menos reconhece a impossibilidade de elevação do IOF por decreto presidencial com finalidade meramente arrecadatória.

Pensando bem…

…tem Poder que caiu para a “Série B”.

PODER SEM PUDOR

A sabedoria do silêncio

Colecionador de todas as formas de coruja (chaveiros, biscuits, relógios, etc.), o ex-sindicalista Antônio Rogério Magri era ministro do Trabalho e vivia sob o fogo cerrado da oposição e dos jornalistas. Cada declaração sua, em geral desastrada, provocava uma nova crise. E ele não parava de falar. Só o fez após ouvir um colega de ministério encarregado de convencê-lo a fechar a boca: “Magri, sabe por que coruja tem fama de sábia? Não é porque é sábia, é porque é muda…”

(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos – Instagram: @diariodopoder)

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