Quarta-feira, 07 de maio de 2025

Queda de Lupi: PDT do Senado diverge da bancada da Câmara e seguirá na base de Lula

Os senadores do PDT anunciaram nesta terça-feira que continuam na base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão acontece logo depois da bancada dos deputados tornarem pública que não são mais da base do Palácio do Planalto

“A bancada do Senado respeita a decisão da bancada na Câmara dos Deputados e, embora tenha um posicionamento diferente, reitera que o partido segue unido em defesa dos ideais trabalhistas”, diz nota assinada pelo líder do PDT no Senado, Weverton Rocha (MA).

De acordo com o líder, a posição de se manter no governo foi tomada por unanimidade, com o apoio das outras senadoras do partido, Leila Barros (DF) e Ana Paula (MA).

O desembarque da base por parte da Câmara aconteceu quatro dias após Carlos Lupi, que é presidente licenciado do PDT, deixar o Ministério da Previdência em meio à investigação que apura descontos indevidos nas aposentadorias de beneficiários do INSS.

Dentro da sigla, a demissão de Lupi foi recebida como o ápice de um processo de fritura público e um “desrespeito” ao partido. Os deputados afirmam que terão uma posição “independente”.

O ex-deputado Wolney Queiroz, que também é filiado ao PDT foi quem assumiu o posto, mas como uma indicação pessoal de Lula. É a primeira baixa entre as siglas que integram o governo. O partido tem 17 deputados na Casa.

Segundo o líder do PDT, deputado Mario Heringer (MG), apesar de deixar a base aliada, o partido não atuará como oposição, mas com “independência” em relação ao Palácio do Planalto. Heringer afirmou que a decisão não significa um “rompimento total”, pois ainda estarão abertos a dialogar com o governo.

Ainda assim, a saída do PDT da base aliada na Câmara ocorre em um momento de fragilidade na relação de Lula com o Congresso. Após queda em sua popularidade nos últimos meses, siglas que integram o governo iniciaram movimentos para se descolar do Palácio do Planalto e colocam em dúvida o apoio à sua reeleição em 2026. No mês passado, por exemplo, discordâncias no União Brasil levaram o líder da sigla na Câmara, Pedro Lucas Fernandes (MA), a rejeitar convite para assumir o Ministério das Comunicações.

Atualmente, o PDT tem 17 deputados federais e três senadores. O partido faz parte da base aliada do Planalto desde a posse de Lula, em 2023. Com informações dos portais de notícias Estadão Conteúdo e g1.

 

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