Quarta-feira, 03 de setembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 3 de setembro de 2025
Maria Shirlei Piontkievicz, servidora pública do Paraná de 57 anos, foi indiciada pela Polícia Federal (PF) por injúria qualificada e incitação ao crime após hostilizar verbalmente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, durante um voo entre São Luís e Brasília.
A servidora, que ocupa o cargo de promotora de saúde profissional na Secretaria Estadual de Saúde do Paraná, recebe salário mensal de R$ 14,8 mil e está em atividade desde 2008.
Lotada no Hospital do Trabalhador, em Curitiba, Maria Shirlei participava de uma excursão turística ao Maranhão quando embarcou no mesmo voo que o ministro.
Conforme relatos, Shirlei partiu para cima de Dino aos berros e tentou agredi-lo, mas foi contida pelo segurança do ministro. Também teria gritado que “não respeita esse tipo de gente” e que “este avião está contaminado”. Em seguida, ainda perguntou: “onde o comunismo deu certo?”.
Dino, que já foi governador do Maranhão pelo Partido Comunista do Brasil, estava sentado e trabalhando, de cabeça baixa, e ficou calado.
Por meio de nota, a assessoria do ministro disse ainda que a passageira gritava frases como “o Dino está aqui”, apontando para o ministro. “Uma clara tentativa de incitar uma espécie de rebelião a bordo”, diz trecho da nota.
Logo após a mulher ser contida pela aeromoça chefe da cabine, um agente da PF lotado no aeroporto de São Luís foi acionado e adentrou o avião. Neste momento, informou à segurança do ministro que iria comunicar à superintendência da corporação em Brasília.
O voo partiu de São Luís rumo a Brasília por volta das 16h40. Quando o voo chegou à capital do país, Shirlei foi levada por agentes da PF para prestar esclarecimentos.
“A assessoria do Ministro Flávio Dino lamenta o ocorrido e informa que todas as medidas cabíveis foram adotadas pelas autoridades competentes. Agressões físicas e verbais, ainda mais no interior de um avião, são inaceitáveis, inclusive por atrapalhar outros passageiros e colocar em risco a operação do próprio voo, que é um serviço essencial”, acrescentou a nota do ministro, divulgada após a confusão.
Segundo nota da assessoria de Dino, a servidora passou a gritar que não respeitava “essa espécie de gente” e que o “avião estava contaminado”.
A situação só foi controlada após intervenção da chefe de cabine e a presença de um agente da Polícia Federal, que comunicou o caso à superintendência em Brasília.
Além do indiciamento, Maria Shirlei é conhecida por suas publicações nas redes sociais, onde manifesta apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, críticas ao presidente Lula, ao PT e ataques ao STF.