Quinta-feira, 31 de julho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 30 de julho de 2025
A Justiça do Rio de Janeiro aceitou, na terça-feira (29), a denúncia do MPRJ (Ministério Público do Estado) e tornou réus, por tentativa de homicídio qualificado contra policiais civis, o rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, e Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira, amigo do artista.
O episódio ocorreu na madrugada de 22 de julho, durante uma operação na casa do rapper, na capital fluminense, para cumprir um mandado de busca e apreensão contra um menor investigado por tráfico de drogas e roubo. Segundo o MPRJ, Oruam e seus amigos impediram a ação policial e atiraram pedras contra os agentes, uma delas pesando cerca de 5 quilos, de uma altura de 4,5 metros.
A denúncia destaca que “houve risco real de morte, já que os objetos poderiam atingir o crânio dos policiais”. A perícia confirmou que as pedras arremessadas eram semelhantes às do jardim da residência do rapper.
O MPRJ afirmou que o crime foi cometido por motivo torpe e com uso de meio cruel, o que pode enquadrá-los na Lei dos Crimes Hediondos. Oruam chegou a gravar vídeos do momento da abordagem policial e depois postou nas redes sociais desafiando as autoridades.
As imagens também mostram o rapper esmurrando uma viatura, antes de os agentes deixarem o local. Ele se entregou à polícia no dia seguinte e está preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, conhecido como Bangu 3.
Após a prisão, a assessoria de imprensa do artista divulgou uma nota alegando que ele agiu em um momento de “desespero e legítima defesa”.
Além da tentativa de homicídio, Oruam já foi indiciado pela Polícia Civil por outros sete crimes: tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, ameaça, lesão corporal, dano, resistência e desacato.
A juíza Tula Correa de Mello, da 3ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, também expediu um novo mandado de prisão preventiva contra Oruam, que é filho do traficante Marcinho VP, um dos líderes do Comando Vermelho.