Segunda-feira, 03 de novembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 2 de novembro de 2025
Pivô de constrangimento sempre que marcava presença em eventos da família real britânica, o ex-príncipe Andrew se envolveu em escândalos ainda no início dos anos 2000 em meio à sua amizade com o criminoso sexual condenado Jeffrey Epstein (1953-2019), mas todas essas situações só começaram a virar de conhecimento público após 2010.
Conforme o envolvimento de Andrew em atividades ilegais foi ficando cada dia mais evidente e irrefutável, a realeza começou a ser pressionada a tomar alguma atitude, mas só agora, na semana passada, que o filho da falecida rainha Elizabeth II (1926-2022) foi destituído de todos os seus títulos reais.
Segundo o especialista Christopher Andersen, isso se deve, em parte, ao fato de que Andrew era o filho favorito de Elizabeth. “Essa deve ter sido uma decisão dolorosa para o Rei — afinal, trata-se de seu irmão”, lembrou o expert, antes de se aprofundar no assunto.
“Charles deve saber o quanto expulsar Andrew da família real teria magoado sua mãe, a falecida rainha”, acrescentou Andersen, deixando evidente a complexidade que envolvia tomar essa decisão. “Não consigo imaginar que Elizabeth II teria chegado a esse ponto — jamais.” Andrew, de 65 anos, era conhecido como o filho “favorito da rainha”, um status que, segundo o autor, se manteve “até o fim” de sua vida.
“Ela fez o que pôde para protegê-lo”, acrescentou.
Na quinta (30), Andrew foi destituído do seu título de “príncipe” e outras honrarias por causa de suas conexão escandalosa com Epstein, condenado por crimes sexuais envolvendo menores de idade. Ele também deixará a mansão Royal Lodge, uma das mais luxuosas propriedades da realeza situadas no terreno do Palácio de Windsor, onde mora desde 2008.
Vale relembrar que as acusações contra Andrew só voltaram com força mais recentemente em meio ao recente lançamento do livro póstumo de memórias de Virginia Giuffre, ‘Nobody’s Girl: A Memoir of Surviving Abuse and Fighting for Justice’ (‘Garota de Ninguém: Uma Memória de Sobrevivência ao Abuso e Busca por Justiça’, em tradução livre). Na obra, ela disse ter mantido relações sexuais com o príncipe Andrew em três ocasiões, uma delas com Epstein e mais cerca de oito jovens.
Apesar de ter sempre negado seu envolvimento com as atividades de Jeffrey Epstein, Andrew pagou, em 2022, uma quantia indenizatória nunca revelada para Virginia Giuffre (1983-2025). Ela alegou ter sido abusada pelo então príncipe, quando era menor de idade, nos encontros promovidos por Epstein no início dos anos 2000.