Terça-feira, 21 de outubro de 2025

Redes sociais podem fazer os jovens terem repulsa ao próprio corpo, diz médico especialista

Ao entrar em redes sociais, os usuários deparam com inúmeros estímulos, através de publicações que estimulam não apenas o consumo mas também novas formas de autopercepção. Muitos influenciadores e produtores de conteúdo fazem postagens fora da realidade, reforçando padrões estéticos inalcançáveis e um estilo de vida luxuoso que leve o público a comparações que, não raro, geram crise de identidade e baixa autoestima.

É difícil imaginar os motivos pelos quais uma criança que deveria estar brincando está aprendendo a odiar o próprio corpo. Trata-se de algo condicionado, até porque o acesso a aparelhos eletrônicos conectados à internet tem ocorrido cada vez mais cedo para boa parte desse segmento de público.

Em recente entrevista a uma publicação da área da saúde, o médico psiquiatra e psicoterapeuta Wimer Bottura mencionou o aumento da quantidade de adolescentes em seu consultório. E nos atendimentos, os pais dos pacientes relatam que seus filhos têm desenvolvido um verdadeiro vício por tablets, computadores e celulares do tipo “smartphones”.

Para superar esse estágio do problema, o especialista considera essencial uma série de atitudes, dentre as quais se destacam a realização de tratamento psicoterápico e o estímulo ao amor próprio no cotidiano. Da mesma forma, uma boa alimentação combinada a momentos de lazer e socialização, por exemplo, é algo indispensável.

Riscos

Quando os jovens deparam com pessoas felizes, esbanjando bens materiais e a própria aparência, o desejo de ser igual ao novo ídolo acaba se transformando em frustração e crises existenciais infinitas. E as comparações podem afetar o relacionamento de crianças e adolescentes, tornando-os agressivos ou introspectivos. Dentre os principais riscos envolvendo o excesso das redes sociais estão:

– Baixa autoestima: Um estudo publicado recentemente pelo jornal britânico “The Guardian” emitiu um alerta para que as famílias estejam atentas ao tempo passado em frente à tela do celular.

– Bullying virtual: os problemas se agravam quando o indivíduo começa a receber comentários ofensivos, destacando suas inseguranças. Esse ciclo de violência precisa ser interrompido imediatamente.

– Comportamentos compulsivos: automutilação, descontar a tristeza na comida ou ficar sem comer e mudanças de humor são sintomas de distúrbios psicológicos que podem ser agravados pelas redes sociais.

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