Sábado, 26 de julho de 2025

Reforma do estádio do Vasco da Gama ganha força com avanços na venda do potencial construtivo

O sonho antigo da reforma de São Januário, tradicional estádio do Vasco da Gama, está cada vez mais próximo de se tornar realidade. O clube já conta com dois documentos de intenção de compra assinados que, somados, contemplam a totalidade do potencial construtivo do terreno — 100% dos direitos. A negociação prevê que uma das incorporadoras adquira 15% e a outra, os 85% restantes.

A venda efetiva será concretizada com a criação da Sociedade de Propósito Específico (SPE), já protocolada pelo Vasco na Junta Comercial. A pendência mais recente envolvia a atualização do nome da via onde se localiza o estádio, que passou de Rua General Almério de Moura para Avenida Roberto Dinamite. Com essa etapa superada, a expectativa é que a SPE seja formalizada em breve.

O que é o potencial construtivo?

O potencial construtivo corresponde ao volume de construção permitido em um terreno, conforme as normas da zona urbana em que ele está inserido. O projeto de lei complementar em questão permitirá que o Vasco transfira esse direito — originalmente restrito a São Januário — para outras áreas da cidade com melhor infraestrutura, como regiões da Zona Norte e da Barra. Ao vender esse direito para empresas privadas, o clube poderá gerar os recursos necessários para modernizar o estádio e seu entorno.

A aplicação dos recursos será rigorosamente fiscalizada. A legislação exige que o clube crie uma conta bancária específica para receber os valores, que deverão ser usados exclusivamente na reforma. Além disso, a Prefeitura do Rio de Janeiro e os órgãos internos do Vasco terão papel ativo na auditoria desse processo, garantindo transparência total.

Inicialmente, o clube esperava iniciar as obras no começo de 2025, mas contratempos administrativos atrasaram o cronograma. Agora, com os avanços na regulamentação e os compromissos de compra estabelecidos, o projeto ganha nova força.

O principal compromisso previsto em lei determina que 100% dos recursos obtidos com a comercialização do potencial construtivo sejam aplicados na reforma de São Januário. O valor não poderá ser usado para salários, dívidas ou qualquer outra finalidade que não seja a modernização do estádio, considerado um patrimônio histórico e cultural do futebol brasileiro.

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